Essa coluna tem como objetivo disseminar a discussão sobre assuntos relevantes da semana e do campeonato em si.

Finalmente chegou setembro! Com o começo da temporada de 2018 da NFL, podemos começar a analisar a verdadeira forma dos times e saber se as nossas previsões da pré-temporada se concretizarão ou não. Vamos a algumas percepções dessa semana.

1 – O milagre de Aaron Rodgers:

Torcedor ou não dos Packers, todos sentimos um frio na espinha ao ver Rodgers no chão com a mão no joelho. Perder uma das maiores estrelas do campeonato seria horrível, e vimos por um breve momento o que DeShone Kizer e companhia são capazes de fazer.

A menos que você torça para os Bears, foi maravilhoso ver o retorno de Rodgers para comandar a virada, claramente com dor e sem mobilidade alguma.

Porém, do lado do Bears, me pergunto o que houve com a equipe. A defesa comandada por Vic Fangio pouco pressionou Rodgers no segundo tempo, ao contrário do que vimos na primeira etapa. Ficaram mais preocupados com a cobertura defensiva, mas também seria interessante mandar algumas blitz para gerar preocupação no QB adversário, que estava imóvel.

Do lado ofensivo da bola, os Bears não foram capazes de repetir na segunda etapa o bom começo de partida que tiveram. Foram muito bem nas chamadas script plays, mas esqueceram da agressividade no final da partida. Trubisky exagerou nos checkdowns. Foram conservadores demais. Me lembrou dos Chiefs ano passado naquele jogo de playoffs contra os Titans, quando tinham Matt Nagy como coordenador ofensivo.

2 – Linhas ofensivas:

O Buffalo Bills tem uma das piores linhas ofensivas da NFL. Era uma tragédia anunciada em face dos jogadores que perderam para esse ano. Não importa se o QB titular vai ser Nathan Peterman ou o calouro Josh Allen, eles precisam dar um jeito nessa unidade se querem ao menos competir nas partidas.

Outra equipe que precisa olhar com cuidado para essa unidade é o Houston Texans. A saúde de Deshaun Watson depende dessa linha, principalmente neste momento em que sua mobilidade está prejudicada pelo retorno da lesão. Se sofreram desse jeito contra os Patriots, nem quero ver quando chegar a vez da defesa dos Jaguars.

Vale destacar ainda a situação de Dallas. Quem diria que eles teriam problemas logo no setor mais forte da equipe? As saídas de Travis Frederick (C) e Zack Martin (G) foi muito sentida, principalmente contra o forte front seven dos Panthers. Vamos ver quanto tempo eles demoram pra retornar.

3 – O time dos Redskins:

Um dos times que achava mais divertidos de assistir na temporada passada era Washington. A fisicalidade (bingo!) imposta nas trincheiras em ambas as linhas merece ser destacada. Infelizmente em 2017 a lesão impediu que fossem mais longe.

Agora com Alex Smith comandando o ataque, já sofreram com lesão no grupo de corredores, mas conseguiram encaixar o motivado Adrian Peterson para aproveitar dessa talentosa OL, contando ainda com o versátil Chris Thompson. Se o time permanecer saudável, não se surpreendam com os Redskins batendo de frente com os Eagles na briga pela divisão. O talento eles têm.

4 - As surpresas da rodada:

Nada me surpreendeu mais do que o New York Jets nessa primeira semana. O time que ano passado era tratado como o menos talentoso da NFL, surge em 2018 com potencial de sonhar por uma vaguinha de playoffs numa AFC que promete ser bagunçada. Se mantiverem um bom pass rush, a secundária tem talento para causar problemas aos adversários. Também vai depender do desenvolvimento de Sam Darnold.

A outra surpresa obviamente foi ataque de Tampa Bay. Os Bucs deram uma sapatada na defesa dos Saints com Fitzmagic abusando dos passes longos, exatamente uma das principais críticas a Jameis Winston no ano passado, que pouco aproveitou o passe em profundidade para a dupla Evans e Jackson. Se a mágica continuar, não me surpreenderia de ver Winston no banco depois de cumprir a suspensão.

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