Chegamos àquele momento depois da temporada, quando os times começam a se repensar para o próximo campeonato. OFFSEASON, quando todo o tipo de intrigas, empolgações e decepções acontecem.

Novos jogadores serão contratados, alguns vindos de outras equipes após seus contratos terminarem, outros pelo DRAFT 2019.

 

Vamos a algumas datas importantes deste período:

26 de Fevereiro: começa o DRAFT COMBINE, onde os candidatos ao Draft são avaliados fisicamente, tecnicamente e mentalmente

05 de Março: DEADLINE para as equipes designarem seu jogador com a FRANCHISE TAG

13 de Março: início do período de contratações dos jogadores livres (FREE AGENCY)

25 – 27 de Abril: DRAFT 2019

 

Coloquei abaixo 7 histórias, das notícias que dominarão as próximas semanas (ou já dominam), que particularmente me interessam:

 

Administração do CAP

 

Assim como nos últimos anos recentes, o SALARY CAP (teto máximo da folha salarial de cada time) subirá substancialmente.

Nem isto isentará alguns times de precisarem exercer algumas decisões difíceis para se ajustarem embaixo dele até o dia 13 de Março. Veremos vários desses times rompendo relações com veteranos de seus elencos. Fiz 2 posts (exclusivos para apoiadores) com alguns chutes do que aconteceria: clique aqui para a AFC // clique aqui para a NFC.

Entre os que estão mais atolados no SALARY CAP: Jaguars e Eagles.

Em contrapartida, algumas equipes estão bem posicionadas para investirem em reforços para seus elencos. Por exemplo: Jets e Colts.

Uma forma de manter os atletas de destaque é o uso da FRANCHISE TAG, que permite um certo controle sobre as negociações via uma renovação automática de 1 ano com o valor médio dos 5 maiores contratos de cada posição.

 

Alguns jogadores são fortes candidatos a receberem a TAG:

• Nick Foles (QB – Eagles) 
• Donovan Smith (OT– Buccaneers) 
• Grady Jarrett (DT – Falcons)
• Jadeveon Clowney (DE – Texans)
• Frank Clark (DE – Seahawks)
• DeMarcus Lawrence (DE – Cowboys) - seria o 2º ano seguido
• Trey Flowers (DE – Patriots)
• Dee Ford (OLB – Chiefs) 
• C.J. Mosley (LB – Ravens) 
• Anthony Barr (LB - Vikings)
• Landon Collins (S - Giants)
• Robbie Gould (K - 49ers)
• Stephen Gostkowski (K - Patriots)

 

clique aqui para uma projeção do CAP dos 32 times.

 

 

Participantes do Super Bowl

 

Times que chegam ao SUPER BOWL costumam ver uma supervalorização dos seus jogadores. Algumas peças chaves para o sucesso terão seus contratos expirados, implicando em decisões importantes pela frente.

Se têm uma certa sobra no SALARY CAP, os Patriots podem ainda assim entrar 2019 com um time bem diferente do elenco atual. Para aumentar a folga, deverão mais uma vez reestruturar o contrato do eterno Tom Brady (QB). Em sentido oposto, será que o MVP do SUPER BOWL Julian Edelman (WR) requisitará um aumento salarial?

Também lhes abriria espaço, a possível aposentadoria de Rob Gronkowski (TE), porém também criaria necessidade de reposição. Talvez manter ou não Dwayne Allen (TE) e seu cap hit de $7.3 Mi dependa da decisão de Gronk.

Jogadores importantes tornaram-se FREE AGENTs. Entre eles, Trey Flowers (DE), Trenton Browns (OT) e Malcolm Brown (DT). Em qual, New England estaria disposto a abrir os cofres? Outros que contribuíram e talvez retornassem em condições favoráveis: Jason McCourty (CB), Chris Hogan (WR), Danny Shelton (DT) e Phillip Dorsett (WR).

Sabemos também que Bill Belichick (HC) valoriza special teams. O contrato dos principais componentes Ryan Allen (P), Stephen Gostkowski (K) e Cordarrelle Patterson (KR) também expiraram.

Com inúmeras escolhas no próximo DRAFT, podemos esperar criatividade em trocas para reforçar o plantel 2019.

 

Em 2018, o Los Angeles Rams foi bastante agressivo na OFFSEASON, tanto em contratações como trocas. Tão perto de adicionar o troféu de campeão, deverão manter a política. Com um dos donos mais ricos da liga e precisando fortalecer a base da torcida às vésperas da inauguração de seu monumental estádio, não acho que $$$ será empecilho.

Com quase $30 Mi disponível no SALARY CAP, terão decisões importantes pela frente. Entre seus próprios FREE AGENTs, 4 deles são caros: Ndamukong Suh (DT), Rodger Saffold (G), Dante Fowler Jr. (DE) e LaMarcus Joyner (S). Eles podem gastar para segurá-los ou buscar outras alternativas no mercado.

Para abrir mais espaço, deveremos ver as 3 medidas sendo utilizadas. Estender contratos baixando o cap hit (Marcus Peters (CB) seria um candidato); cortar do elenco (Mark Barron (LB) os aliviara quase $7 Mi); negociar jogadores com valor (Michael Brockers (DT) geraria novos $10 Mi).

Outros FREE AGENTs não tão caros, porém relevantes: CJ Anderson (CB), Sean Mannion (QB) e Cory Littleton (LB - restrito).

 

 

Quarterback Shopping

 

Como sempre, o mercado de Quarterbacks é limitado. Jogadores de ponta nesta posição (quase) nunca ficam livres de fato.

O nome a ser monitorado é Nick Foles. O MVP do SUPER BOWL LII ainda poderá receber a FRANCHISE TAG para dar tempo dos Eagles buscarem uma negociação com interessados. Caso contrário ele estará livre para negociar com quem procura Quarterback titular. Jacksonville seria o caminho mais lógico, ligando-o ao antigo treinador John DeFilippo, que agora coordenará os Jaguars. Porém, em situação apertada no SALARY CAP (ver nosso podcast aqui), precisariam de mágica para comportá-lo no elenco. Quem mais se interessaria?

Entre as demais alternativas de mercado, o risco sobre Teddy Bridgewater esse ano é bem menor do que em 2018. Saiu-se bem na pré-temporada, a ponto dos Jets conseguirem negociá-lo com os Saints. No entanto, nas poucas oportunidades em campo na temporada regular, pouco impressionou. Ainda assim, algum time deverá apostar numa redenção.

Parece-me irrealista pensar que qualquer outro QB disponível seja a solução nesse momento. Nomes como Tyrod Taylor (ex Browns e Bills), Case Keenum (quando cortado pelos Broncos) e Sam Bradford (ex inúmeros times) serviriam no máximo como um band-aid.

O que nos leva a potenciais trocas. Vendo a escassez do mercado, Denver se antecipou e adquiriu Joe Flacco (ex Ravens).

Haveria alternativa melhor? Seria impossível os Raiders negociarem Derek Carr com seu maior rival, nem sabemos ao certo se estão dispostos a mudar assim o rumo da franquia. Ryan Tannehill está disponível em Miami, mas teria mesmo menor rejeição do que o visto com Flacco? Blake Bortles (Jaguars) com certeza inflaria ainda mais os ânimos.

E quanto aos Giants? Ainda nada ouvimos em relação a seus planos com Eli Manning, que segue em suas rotinas de treinamento de OFFSEASON como se tudo estivesse normal.

Será que veremos alguma surpresa? Tocarei num outro nome (especulação maluca) num artigo mais abaixo. Mais algum veterano pode ser colocado na dança? 

Reservas que não geram temor quando entram em campo são raros. Nesta altura, nomes como Josh McCown (ex quase toda NFL) e Ryan Fitzpatrick (idem) não são vistos como soluções, mas que podem emergencialmente segurar as pontas por um tempo limitado. Josh Johnson até se saiu bem no caos de Washington e os Ravens parecem estar confortáveis com Robert Griffin III.

Será que os seguintes QBs que ainda podem levar aposta? Brett Hundley (Seahawks) e Geno Smith (Chargers).

O último caminho será pelo Draft 2019. Discutiremos os candidatos vindos da liga universitária em outra oportunidade.

 

 

Estrelas em Movimento

 

Muitos boatos sobre negociações entre times. Alguns admitidos, outros negados, alguns baseados em boas teorias, outros meras especulações.

A NFL não tem uma história profunda em troca de "estrelas", mas nomes de grande relevância vem sendo colocados como possível alvos de negociações. Faço uma aposta de OFFSEASON com muitas trocas, com nomes que nos surpreenderão (não estou me referindo aos abaixo). 3 casos distintos chamam a atenção:

Time e jogador já anunciaram suas intenções. O relacionamento entre Steelers e Antonio Brown (WR) parece não ter como ser remendado. Pittsburgh teria que engolir um duro golpe ($$$) no SALARY CAP em prol de um vestiário menos turbulento. O quanto esperam de retorno em picks ou veteranos? Qual o valor de Brown depois de tantas controvérsias e até uma possível suspensão da liga por um caso de violência doméstica a ser investigado?

O nome de Odell Beckham Jr (WR - Giants) foi levantado numa entrevista com o importante jornalista Jay Glazer (FOX). Será os Giants tentando averiguar o impacto de colocá-lo disponível? Será Odell tentando força alguma situação? Não desprezaria essas possibilidades apesar da recente renovação do contrato entre as partes.

Por fim, um caso pitoresco. Ao mesmo tempo que o motivo ventilado, um desejo da esposa de morar em NY ou outra cidade, não assuste a torcida dos Seahawks, a falta de conversas sobre extensão contratual com Russel Wilson, normal quando Quarerbacks deste porte alcançam o último ano do acordo coloca uma pulga atrás da orelha. O estado de indefinição do controle do time após o falecimento do dono Paul Allen pode ser a explicação.

Olho neles!

 

 

Mercado para Linebackers

 

Valores contratuais na FREE AGENCY são ditados por oferta e demanda de talentos disponíveis. Veremos o quanto isso vai impactar o mercado.

No ano seguinte em que o impacto dos jogadores vindo do DRAFT foi grande,  quanto os times estão dispostos a arriscar o esse caminho, economizando em FREE AGENTs?

O estio de cada time e a crescente necessidade de ter Linebackers capazes de cobrir grandes zonas de marcação, serão fatores decisivos na distribuição de $$$.

Vamos aos jogadores disponíveis que deverão gerar maior interesse, independente do estilo (Provavelmente ainda veremos uma série de veteranos serem cortados, engrossando a lista):

 

• C.J. Mosley (Ravens)
• Anthony Barr (Vikings) 
• Jordan Hicks (Eagles) 
• Kwon Alexander (Buccaneers) 
• K.J. Wright (Seahawks) 
• Denzel Perryman (Chargers) 
• Brandon Marshall (Broncos) 
• Deone Bucannon (Cardinals) 
• Vincent Rey (Bengals) 
• Kyle Emanuel (Chargers)
• Ramik Wilson (Rams) 
• Manti Te'o (Saints) 

 

Jogadores vistos como limitados ao combate a corridas:

• Preston Brown (Bengals) 
• Jake Ryan (Packers) 
• Will Compton (Titans) 
• Kevin Minter (Buccaneers)
• L.J. Fort (Steelers) 

 

Veteranos que ainda podem contribuir:

• Thomas Davis (Panthers) 

 

 

Enfim a Liga de Desenvolvimento?

 

Logo após o SUPER BOWL a AAF deu o KICKOFF para seu campeonato. Uma liga alternativa a NFL, fora de seu calendário tradicional, aproveitando a demanda do público americano por futebol americano, mas que tem também o desejo de se tornar uma afiliada à liga principal, recebendo recursos para atuar no desenvolvimento de jovens talentos, que com novos treinamentos e experiência de jogo, possam tornar-se melhores no esporte.

O campeonato gerou moderado interesse inicial, com alguns atletas de nome reconhecível e especialmente HEAD COACHEs experientes, como Steve Spurrier (ex Universidade da Florida e Redskins) que comanda o atual líder Orlando Apollos. Vários jogadores já despertam o interesse da NFL. Entre eles Luis Peres (QB), Sherman Badie (RB), Jalin Marshall (WR) e Jamar Summers (CB).

No entanto, tudo corre o risco de ruir. O motivo é o mesmo de todas as outras ligas que fracassaram, os custos do esporte ultrapassam (e muito) as receitas. Semana passada a AAF recebeu um aporte de capital vindo de um investidor texano. Será o bastante para mantê-los vivos? O que precisaria acontecer para a NFL abraçar a idéia?

No futuro próximo, um outro competidor entrará em cena. A XFL terá cobertura televisiva da FOX, porém sem o desejo de se alinhar aos interesses da NFL. Seu sucesso poderia afetar todos esses planos.

Stay tuned.

 

 

Personagens do Draft: Kyler Murray & Ed Oliver

 

Começa o drama do DRAFT!

Este ano teremos um personagem que gerará muita discussão sobre o risco de selecionar um Quarterback muito abaixo do padrão de altura. Todos os olhos estarão voltados para a fita métrica no COMBINE, já que a informação "oficial" fornecida pela Universidade de Oklahoma tem sido questionada.

Existem casos de Quarterbacks de sucesso considerados baixinhos, mas são raríssimos. Murray ainda por cima deve medir abaixo de Drew Brees (Saints) e Russell Wilson (Seahawks). Seu peso talvez traga ainda mais curiosidade aos scouts, preocupados que se muito leve, não consiga manter-se saudável com seu estilo arrojado de movimentação.

Ele seguiu os passos de Baker Mayfield (Browns - 1ª escolha geral do DRAFT 2018) em Oklahoma e com números equivalentes também levou o troféu HEISMAN. Será que veremos outra subida meteórica nesse DRAFT? (ps. nem vou entrar na história sobre baseball).

 

Outro caso interessante desse ano é Ed Oliver (DT). Antes mesmo da temporada universitária de 2018 começar ele se declarou para o DRAFT, não sendo sênior, com o discurso que seria a 1ª escolha geral.

Trata-se de um habilidoso jogador, dono de característica valorizada no momento: pass rush interno. Porém, também possui tamanho inferior ao regular da posição, levantando dúvida sobre qual seu melhor alinhamento na NFL e acumulou seus bons stats atuando pela Universidade de Houston, cuja conferência não está entre as de maior nível de talento competitivo.

Por certo não terá seu nome anunciado primeiro no DRAFT, mas vale monitorar o quanto cairá, tornando-se excelente risco / retorno. Devemos lembrar que Aaron Donald (DT - Rams) desceu até a 13ª escolha do DRAFT 2015 por motivos semelhantes.