DE OLHO NA NFL #12

 

Essa coluna tem como objetivo disseminar a discussão sobre assuntos relevantes da semana e do campeonato em si.

Com o foco já na próxima temporada, analisarei as situações de dois times que decepcionaram muito em 2017 e precisaram mudar o Head Coach para o ano seguinte: Giants e Raiders.

 

1 – Quais os planos dos Giants para a temporada de 2018?

 

O ano de 2017 dos Giants foi um fiasco. Entraram no campeonato cotados para a disputa do título, mas terminaram com a segunda pior campanha da NFL. Com fraquíssima linha ofensiva (que resultou em jogo terrestre quase inexistente), grupo de recebedores todo lesionado e defesa atuando em nível abaixo do que se viu em 2016, suas 2 únicas vitórias serviram apenas para me eliminar do Survival (perdi os 2 jogos que apostei contra eles).

Com o foco já em 2018, Pat Shurmur, novo Head Coach da equipe, e Dave Gettleman, novo General Manager, precisam tomar uma decisão: investir no futuro ou no presente?

Com a segunda escolha geral do draft e Eli Manning chegando aos seus últimos anos de carreira, essa pode ser uma das raras oportunidades de a franquia selecionar o quarterback que desejarem para substituí-lo, sem a necessidade de colocar o calouro em campo imediatamente, aproveitando os próximos anos de Eli para aprendizado do novo QB.

Entretanto, essa também pode ser a oportunidade de usar essa escolha alta para buscar um jogador de impacto imediato, que possibilite o time a brigar pelo título com o elenco atual. Nessa linha de raciocínio, logo de cara vem o nome de Saquon Barkley.

Vale lembrar que os 2 Super Bowls dos Giants com Eli Manning na posição de QB teve o esquema ofensivo baseado em fortíssimo jogo terrestre. Com ajustes na linha ofensiva (via draft ou free agency), Saquon Barkley pode produzir já em seu primeiro ano, a exemplo do que vimos recentemente com Elliott e Fournette.

De qualquer forma, para ter um bom ano de 2018, os Giants precisam que sua defesa retome o bom desempenho de 2016. Não saem da minha cabeça alguns lances da temporada passada em que os jogadores (principalmente da secundária) claramente não se esforçaram para acabar com a jogada, que terminaram em touchdown. Os problemas disciplinares extra campo também precisam parar.

Nos últimos anos os Giants foram bem ativos na free agency, e talvez repitam o mesmo estilo esse ano. Com a liberação (ou troca) de alguns veteranos (Brandon Marshall e Dominique Rodgers-Cromartie, por exemplo), teriam espaço no salary cap suficiente para investir e suprir algumas necessidades do time.

Vale lembrar que na última vez que os Giants estiveram no top-5 do draft (2004), saíram de lá com Eli Manning (selecionaram Philip Rivers, posteriormente trocado). O que farão dessa vez?

 

 

2 – O que Jon Gruden precisará ajustar nos Raiders já em seu primeiro ano?

 

Após inúmeros times tentarem, os Raiders meteram a mão no bolso e finalmente conseguiram convencer Jon Gruden a sair do papel de comentarista da ESPN e retornar ao cargo de Head Coach na NFL.

Gruden terá oportunidade de trabalhar com Derek Carr, que decepcionou em 2017 e teve um péssimo ano, bem distante do jogador de 2016 que levou o time aos playoffs, mas que infelizmente teve a temporada encurtada por lesão.

Talvez tenha sido a própria lesão uma das causas da queda de rendimento de Carr no último ano, isso porque passou boa parte da pré-temporada em tratamento, o que certamente prejudicou sua preparação para o campeonato.

Entretanto, essa não será a única preocupação de Gruden. A defesa foi muito mal. Precisam urgentemente resolver o problema na situação de cornerback, que é a maior necessidade da equipe. Falo isso com propriedade, pois, como torcedor dos Saints, já senti na pele o que é ver uma defesa ser destruída pelo jogo aéreo adversário por diversos anos.

Outra questão que ficou muito clara no ano passado foi que Khalil Mack joga praticamente sozinho naquela linha defensiva. Precisa de ajuda para que o foco não fique apenas em pará-lo. Achar um substituto para NaVorro Bowman, que chegou no meio do campeonato passado para “tapar buraco”, também será uma necessidade.

A linha ofensiva, que por sua vez tinha jogado em excelente nível em 2016, também decepcionou em 2017. Donald Penn, que exigiu renovação salarial ano passado, não jogou bem, e talvez seja hora de buscar um substituto para o jogador de 35 anos.

Marshawn Lynch, uma das grandes histórias da pré-temporada, não teve o retorno esperado. O mercado de RB tem muitos nomes disponíveis, sem falar no draft, que ano após ano trazem jogadores de impacto imediato, inclusive os escolhidos em rounds intermediários.

Outra decepção nos Raiders foi a dupla de recebedores. Amari Cooper colecionou drops ao longo da temporada e mostrou não estar também na condição física ideal. Crabtree, além de suas eternas brigas com Aqib Talib, pouco fez em campo e talvez nem esteja de volta para 2018. Precisam buscar novas opções para a posição.

Isso tudo mostra que Jon Gruden tem muito trabalho pela frente nesse seu primeiro ano, sem falar na dificuldade de implementar seu sistema ofensivo numa época em que não pode ter tanto contato com os jogadores como tinha antigamente.

Precisará ainda entrar no ritmo da NFL. Embora ainda estivesse analisando as equipes como analista/comentarista da ESPN, nada se compara à rotina de um Head Coach. O alto valor nele investido trará também grande responsabilidade, mas pelo menos o contrato de 10 anos demonstra que os Raiders planejam ter paciência com seu trabalho, principalmente tendo em visto o turbulento período que se aproxima de mudança da equipe para Las Vegas.

 

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O que esperam de Giants e Raiders para os próximos anos? Terão condições de competir já em 2018?

Comentem! Opinem! Discordem! Reclamem! A ideia é realmente bater um papo saudável com o máximo possível de pessoas sobre os temas aqui abordados.

 

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