Boletim Médico - O Caso RG3
Robert Griffin III atormentava as defesas com sua mobilidade e velocidade. Mas, seu histórico de lesões é preocupante. A última foi no tornozelo esquerdo ocorrida no 1º quarto da vitória contra os Jaguars na última temporada, mas pelo menos não houve fratura que certamente necessitaria de correção cirúrgica. O tormento das lesões na carreira de RGIII começou ainda no college quando em 2009 rompeu o ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho direito, precisou passar por tratamento cirúrgico para reconstrução do ligamento e perdeu o restante da temporada.
Em 2012, já na NFL, sofreu uma concussão leve na derrota dos Redskins para os Falcons quando sofreu um choque cabeça-cabeça ao tentar evitar um sack, houve certa preocupação em campo, visto que RGIII não se lembrava do placar do jogo nem o quarto de tempo em que estavam, mas ele tranquilizou a todos quando 3 horas após o jogo e, após avaliação neurológica cuidadosa, tuitou que estava bem. No final desse mesmo ano, em dezembro, na vitória contra os Ravens, mais um susto: entorse no joelho direito – sim, o mesmo joelho já operado, no entanto, dessa vez não houve rompimento dos ligamentos, apenas uma entorse que não depende de cirurgia.
O pior ainda estava por vir, no mês de janeiro de 2013 na derrota para os Seahawks, após um snap mal sucedido, RGIII girou o corpo para tentar pegar a bola, jogando o peso na perna de apoio e no joelho já operado, resultado: ruptura do ligamento cruzado anterior e necessidade de nova reconstrução cirúrgica. Isso é preocupante para o seguimento da carreira do QB dos Redskins, uma vez que uma reconstrução no LCA já reduz a potência da articulação do joelho (capacidade mecânica em realizar os movimentos) em 13% se comparado ao joelho sadio. Além disso, todos que reconstroem esse ligamento apresentam um déficit na realização de movimentos unipodais (àqueles que fazemos com Momento em RGIII rompe novamente o LCA, na partida contra o Seahawks uma só perna) feitos com a perna operada. Vale salientar, também que a chance de uma nova lesão em quem já sofreu uma aumenta 40%. Por isso, não estranhemos se RGIII passar a correr menos com a bola. escrito por: Pablo Oliveira – Médico e professor de medicina (twitter: @MedicFA) site: Lesões no Futebol Americano
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