Boletim Médico - O Caso Geno Smith

   

A fratura de mandíbula não é rara e é a segunda entre as fraturas da face mais frequentes (perde apenas para a do osso nasal). Ela participa de importantes funções, como mastigação, deglutição e fonação e, consequentemente, fraturas nesse local e complicações intrínsecas podem levar a prejuízos estéticos, funcionais e financeiros, principalmente quando mal tratadas. Além disso, ela merece atenção por ser o único osso móvel da face exigindo uma força de impacto razoável para que rompa. Sendo assim, podemos inferir que o soco sofrido por Geno Smith (QB - Jets) pode ser comparado à força de um acidente automobilístico e será extremamente oneroso para o sistema de saúde, uma vez que um estudo norte-americano, publicado em 1999, calculou um gasto de U$ 8.740,00 por internação para tratamento de fratura de mandíbula.

O local mais comum para fratura decorrente de agressão é o corpo e ângulo da mandíbula e o tratamento usado hoje, mais comumente é o uso de mini placas e parafusos de titânio. Como já sabemos, Geno Smith sofreu fratura em pelo menos dois pontos, portanto, apostaria na técnica com mini placas ou, até de fios de aço para estabilização da estrutura óssea. O tempo de recuperação é, no mínimo, 6 semanas – tempo necessário para que atividades como a fala e a mastigação possam ser recuperadas, mas alguns necessitam até 10 semanas para plena recuperação. Essa variação ocorre, em parte, por que será necessária dieta líquida nesse período e, principalmente, que não ocorram infecções – fato que pode, além de colocar o paciente em risco de morte, atrasar a recuperação.      

Comentar

Veja também: