Punts – Construindo a Defesa
Quando um novo HEAD COACH é contratado por algum time, ele deve decidir que tipo de defesa seu time utilizará: qual a defesa base e qual o tipo de cobertura.
Primeiro ele tem que analisar se o elenco do time é compatível com a defesa de sua preferência.
Se a resposta for não, ele terá 2 opções: adaptar o esquema aos jogadores existentes, ou renovar o time defensivo.
Exemplos recentes dos 2 casos:
Mike Tomlin ao assumir o Pittsburgh Steelers, manteve o coordenador defensivo Dick LeBeau e seu esquema de ZONE BLITZ (3×4), mesmo tendo Tomlin a clara preferência pelo esquema de coberturaTAMPA 2, que usa a formação 4×3.
Já Ken Whisenhunt, alterou o esquema do Arizona Cardinals para o 3×4, mesmo sabendo que isso traria uma dificuldade extra na sua primeira temporada a frente do time.
Nos dois casos o resultado foi positivo, e eles se enfrentaram no SUPER BOWL XLIII, no segundo ano no cargo de ambos os treinadores.
LINHA DEFENSIVA
Que tipo de jogadores seu time tem disponível para a linha defensiva?
Rápidos e agressivos que conseguem vencer o duelo contra a linha ofensiva adversária, e pressionar o Quarterback.
Pesados e fortes mais apropriados contra o jogo de corrida.
Como vimos anteriormente no Post Defesa Base, os esquemas 4×3 e 3×4, precisam ser executados por jogadores com certas características especificas.
No 4×3 a chave para o sucesso são os 2 Defensive Ends, que devem ser capazes de provocar pesadelo no Quarterback, com sua agressividade pelas extremidades do POCKET de proteção formado pela linha ofensiva.
Exemplos de Defensive Ends formidáveis nesse esquema: Jared Allen (Vikings), Julius Peppers (Bears) e Dwight Freeney (Colts).
Por sua vez, os 2 Defensive Tackles têm a tarefa de forçar o meio do POCKET, e serem capazes de combater o jogo de corrida.
Exemplos de Defensive Tackles que se destacam nesse esquema: Kevin Williams (Vikings) e Tommie Harris (Bears).
Já no 3×4 a chave é o DT, também chamado de NOSE TACKLE, que precisa ser extremamente forte para ocupar o centro da defesa.
Exemplos desses NOSE TACKLES: Vince Wilfork (Patriots), Casey Hampton (Steelers) e Kris Jenkins (Jets).
Os 2 DEs que jogam ao seu lado devem ser versáteis, e maiores que os DEs do outro esquema. Exemplos: Aaron Smith (Steelers) e Luis Castillo (Chargers).
Alguns jogadores conseguem se adaptar a uma mudança de esquema e continuarem efetivos, como Darnell Dockett (Cardinals), que em seus primeiros anos na NFL atuava como DT no esquema 4×3, e virou DE quando o time passou a jogar no 3×4.
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LINEBACKERS
O tipo de Linebacker procurado também vai depender do esquema.
No 4×3, o Linebacker Central normalmente tem o jogo de corrida como prioridade, ocupando espaços abertos no confronto entre as linhas ofensivas e defensivas. Exemplos: Brian Urlacher (Bears) e DeMeco Ryans (Texans).
Os outros 2 Linebackers, além da defesa ao jogo de corrida têm a responsabilidades de cobrir certas zonas do campo, devendo ser velozes o suficiente para isso. Exemplos: Lance Briggs (Bears) e Ernie Sims (Eagles).
No esquema 3×4 ocorre o inverso, os 2 Linebackers Centrais vão marcar as áreas intermediárias do campo, liberando os 2 OLBs para tentar alcançar o Quarterback. Exemplos: James Farrior (ILB-Steelers), Karlos Dansby (ILB-Dolphins), Elvis Dumerville (OLB-Broncos) e Joey Porter (OLB-Cardinals).
Como acontece com jogadores da linha defensiva, alguns Linebackers conseguem se adaptar a um novo esquema, outros não. Caso de Jonathan Vilma, que perdeu efetividade quando os Jetsmudaram para o 3×4, e anos passado voltou a brilhar comandando a defesa dos Saints (4×3) ao título do SUPER BOWL.
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LINHA SECUNDÁRIA
Para executar a cobertura homem-a-homem, como vimos no POST coberturas defensivas, osCornerbacks precisam ser capazes de anular os Wide Receivers em confrontos diretos, usando velocidade, instinto e agilidade para trocar de direção enquanto corre.
Cornerbacks assim são difíceis de encontrar, os melhores atualmente: Derrele Revis (Jets), Nnamdi Asomugha (Raiders), Charles Woodson (Packers) e Champ Bailey (Broncos).
As coberturas por zona, minimizam a ausência de talentos como esses, mas exigem dosCornerbacks um maior suporte na defesa contra o jogo de corrida.
Alguns CBs que se destacam nesse estilo como Ronde Barber (Buccaneers) e Antoine Winfield (Vikings).
Tradicionalmente a dupla de Safeties era formada por um jogador com velocidade suficiente para ajudar os Cornerbacks na cobertura, o FREE SAFETY; e um jogador capaz de conter o Running Backno jogo de corrida, o STRONG SAFETY.
Atualmente os times estão procurando jogadores completos para a posição, confiáveis na execução dessas 2 funções, como Troy Polamalu (Steelers) e Ed Reed (Ravens).
BLITZ
Quando a defesa não consegue colocar consistentemente pressão no Quarterback usando apenas os seus 4 jogadores da linha defensiva (ou 3 jogadores da linha defensiva + 1 Linebacker no esquema 3×4), o coordenador de defesa precisa criar formas alternativas para conseguir chegar nele.
Chama-se BLITZ quando a defesa parte com 5 ou mais jogadores para essa tarefa.
O mais comum é utilizar Linebackers na BLITZ, até porque eles já estão mais próximos à linha deSCRIMMAGE, mas diversas jogadas defensivas usam Safeties e Cornerbacks.
Adrian Wilson (S-Cardinals) conseguiu a impressionante marca de 8 SACKS na temporada de 2005.
Abaixo está uma forma de BLITZ usada pelo New Oleans Saints, chamada RUBY.
Nesta jogada o ataque está usando uma formação ofensiva com 3 Wide Receivers. A defesa combaterá com a formação DIME, entrando 2 CBs em substituição a 1 dos DTs e 1 dos LBs.
A BLITZ vai ser feita com 1 Defensive End (E), 1 Defensive Tackle (T), 2 Linebackers (M e S) e 1 Safety (SS).
Dos 4 CBs, 3 deles (C, C e N) marcarão individualmente cada um dos 3 WRs; 1 Defensive End marcará o Tight End e caberá ao FREE SAFETY e ao outro Cornerback (D) a cobertura das áreas centrais do campo.
As setas marcam os espaços em que cada membro desta BLITZ avançará.
As vantagens da BLITZ são o fator surpresa e o homem a mais na pressão ao QB, e a desvantagem é que o time fica com 1 a menos na cobertura aos Wide Receivers e Tight End.
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