DE OLHO NA NFL #9

 

Essa coluna tem como objetivo disseminar a discussão sobre assuntos relevantes da semana e do campeonato em si.

Semana passada falei das finais de conferência, que resultaram em partidas sensacionais, com foco nos perdedores.

Dessa vez, falarei dos times que chegaram ao Super Bowl LII e o que espero ver na partida.

 

 

1 – Como será a proteção a Tom Brady?

 

Na vitória dos Patriots sobre os Jaguars na final da AFC vimos 2 distintos momentos da equipe de New England. O primeiro foi nos 3 primeiros quartos de jogo, em que o ataque comandado por Brady não conseguia imprimir seu ritmo. O segundo foi no último período, marcado por mais uma virada histórica dos Patriots e mais uma ida ao Super Bowl.

A diferença principal entre esses dois momentos? A proteção a Tom Brady. Por boa parte da partida, o QB dos Patriots sofreu com a pressão do excelente pass rush dos Jaguars. Com os ajustes no intervalo os bloqueios melhoraram, mas ainda havia certa pressão. A mudança principal ocorreu, justamente, com uma infelicidade: a lesão de Gronkowski.

Com a saída do astro, os Patriots colocaram em campo Dwayne Allen, que basicamente funcionou como um sexto homem da linha ofensiva para melhorar a proteção a Brady, ao mesmo tempo em que prenderam mais o RB para desempenhar função semelhante. O contraponto é que Gronk sai em muitas rotas de passe, tanto como alvo da jogada ou até mesmo para apenas chamar a atenção da defesa, que muitas vezes coloca marcação dupla no jogador.

Obviamente que não estou dizendo que Gronk é prejudicial à equipe. Pelo contrário, seu talento como bloqueador é indiscutível, mas é justamente a ameaça dupla de usá-lo também no jogo aéreo que faz dele uma arma tão forte.

Com duas semanas de descanso, é esperado que Gronk esteja apto a retornar do protocolo de concussão. Dessa maneira, os Patriots precisam novamente se preparar para enfrentar uma fortíssima defesa, capaz de causar problemas ainda maiores do que os Jaguars, pois vejo nos Eagles um fator que causará ainda mais preocupação: quantidade de jogadores de qualidade para utilizar na rotação.

No final da partida os Jaguars cansaram, o que também ajudou nessa melhora à proteção. Com os Eagles esse fator pode ter menor importância, pois podem dividir mais os snaps entre os homens de frente.

Conseguir boa proteção a Brady é essencial. Os Eagles têm talento para pressioná-lo e sabem que precisam disso para vencer a partida. Os Patriots precisam limitar esse ponto forte do adversário sem abrir mão do talento de Gronk em sair nas rotas e sem prender os running backs apenas para bloquear.

 

 

2 – Os Eagles manterão o esquema de jogo agressivo?

 

Na partida contra os Vikings vimos um time diferente dos Eagles. Aqui nesta coluna escrevi que os Eagles precisariam focar muito no jogo terrestre para tirar a responsabilidade de Nick Foles resolver a partida.

Bem, Doug Pederson pensou diferente. Contra uma das melhores defesas da NFL, o Head Coach dos Eagles partiu para a agressividade. Atacou o fundo do campo desde o início e pegou a defesa dos Vikings desprevenida.

Nick Foles parecia outro jogador em campo. Seu desempenho em nada deixou a desejar se comparado a Carson Wentz. Mas conseguirão os Eagles repetir isso no Super Bowl? Nick Foles vai repetir aquela atuação quase perfeita?

Se olharmos para o lado defensivo do adversário, terão pela frente uma tarefa mais fácil. A defesa dos Patriots melhorou muito em relação àquela unidade vulnerável do início do campeonato, mas ainda não a colocaria como top da liga, ainda mais se comparada à defesa dos Vikings.

Por outro lado, enfrentarão ninguém menos do que Bill Belichick e não podemos duvidar de sua capacidade de preparar o plano de jogo. Mas para qual esquema vai se preparar?

Seria melhor tentar limitar o jogo corrido dos Eagles para deixar tudo nas mãos de Foles e acreditando que ele não repita a atuação da final da NFC? Doug Pederson vai confiar novamente em Foles para aplicar o jogo agressivo nos passes?

A defesa dos Vikings claramente foi pega de surpresa pela agressividade de Foles e Pederson e não tiveram resposta para isso. E foi justamente o “alongamento” do campo que fez o bom jogo terrestre da equipe funcionar ainda melhor. Não esperem esse tipo de “despreparo” de Bill Belichick.

Estou curioso sobre todas essas questões e se Doug Pederson será capaz de trazer algo novo para a partida. O técnico dos Eagles mostrou excelente preparação para os jogos desse campeonato, com boas modificações jogo a jogo de acordo com o adversário. Terá pela frente, obviamente, seu maior desafio.

 

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O que esperam da partida? Teremos tantas emoções como ano passado? Patriots com sexto título? Eagles vencendo pela primeira vez? Fortes emoções nos aguardam.

Comentem! Opinem! Discordem! Reclamem! A ideia é realmente bater um papo saudável com o máximo possível de pessoas sobre os temas aqui abordados.

 

 

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