ARIZONA CARDINALS 23 x 20 MINNESOTA VIKINGS   Arizona garantiu sua vaga nos PLAYOFFs enquanto os Vikings perderam a oportunidade de se firmar na disputa. Vamos a 3 observações sobre cada time:  

ARIZONA CARDINALS

Maquiagem Numérica

Um fato novo nos Cardinals 2015 está sendo os bons números no jogo de corridas, área sempre problemática na história da franquia.

Seria algo a se comemorar ainda mais caso os números fossem retratos de uma regularidade por corrida, ajudando na manutenção dos DRIVES. Porém estes números são inflados por muitas BIG PLAYs conseguidas durante o campeonato. Ontem mesmo, o interessante calouro David Johnson (RB) correu 92 jardas em 19 tentativas (média de 4.8). Boa parte destas jardas veio em apenas 2 lances: um de 24 jardas e outro de 13. Sem eles, a média seria 3.2 por tentativa. Bem mais próxima dos anos terríveis que vivemos no passado.  

Michael Floyd

A direção dos Cardinals terá uma decisão difícil em breve. O que fazer com o contrato de Michael Floyd (WR). Este Wide Receiver entrou no DRAFT 2012 sob a suspeita de não possuir velocidade o suficiente para separação contra marcadores de elite. Desenvolveu-se num dos principais jogadores desta posição na liga no quesito rotas longas, contrariando as previsões. 29.4% de seus passes são em rotas longas (5ª maior percentual da liga). Curiosamente, treinou estes anos sob a tutela de Larry Fitzgerald (WR), craque consagrado, que também nunca teve velocidade linear como característica mais reconhecida. No entanto ainda sofre com outros problemas de inconsistência, nem sempre correndo as rotas de forma precisa ou desligando-se momentaneamente dos lances. Contra os Vikings foram 5 passes completos em 9 TARGETS para 102 jardas e 1 TD. 1 deles em passe de 20+ jardas, e outro corrido após receber a bola para 51. Ele entrará em 2016 no último ano de seu contrato valendo US$7.3 Milhões. Certamente comandará uma fortuna no mercado aberto. Arizona já pagando alto salário para Fitzgerald será capaz de mantê-lo no elenco? https://youtu.be/KPPkSAWLz5g  

Calça de Veludo

  Dwight Freeney (DE), veterano de muitas temporadas brilhantes em Indianapolis, finalizou a partida causando FUMBLE em Teddy Bridgewater (QB - Vikings). Porém a defesa dos Cardinals não consegue impor seu PASS RUSH sem o auxílio de inúmeras BLITZES. Isto deixa a cobertura defensiva, baseada em Homem-a-homem, exposta no meio do campo e FLATs. Por lá os adversários têm conseguido jardas em maior quantidade do que o ideal, quando a pressão no QB não gera efeito. Contra os Vikings, o coordenador defensivo James Bettcher chamou 26 BLITZES. Em apenas 14 DROPBACKS de Bridgewater isto não aconteceu. Proporção altíssima! Contra as BLITZES, Bridgewater completou 16 de 23 tentativas de passes, para 253 jardas e seu único TD. É uma estratégia arriscada, influenciada pela inconsistência dos defensores de frente dos Cardinals, que nem sempre conseguem impor seu PASS RUSH. Calais Campbell (DE), alvo de várias críticas de Bruce Arians (HC) nas últimas semanas, teve uma boa partida com 1 sack / 3 hits / 3 pressures.    

MINNESOTA VIKINGS

Dito e Feito?

Semana passada, após a vexatória derrota para Seattle, Adrian Peterson (RB - Vikings) veio a público reclamar de ter recebido somente 8 bolas para tentativas de corrida. Esperava-se que um jogador de seu gabarito mostrasse para a comissão técnica que devem entregar-lhe a bola e mantê-lo sempre como o ponto focal do ataque. Não foi o que aconteceu em Arizona. Peterson correu 23 vezes obtendo apenas 69 jardas (3.0 por tentativa). Número baixo para um craque como ele. Apareceu bem no 1º quarto, quando anotou seu TD na partida, mas sumiu na maior parte do resto do jogo. Ainda cometeu mais um FUMBLE na temporada, ao ser atingido quando se preparava para entregar a bola numa jogada tipo END AROUND.  

Linha Ofensiva

Tão criticada em rodadas recentes, a linha ofensiva dos Vikings teve uma atuação razoável contra os Cardinals e suas inúmeras BLITZES. Conseguiram dar tempo para Bridgewater operar. O Quarterback de Minnesota completou 69.4% dos passes contra 65.3% do global da temporada. Ainda assim é um ponto para se focar na próxima OFFSEASON. A boa notícia é que receberão de volta os lesionados John Sullivan (C) e Phil Loadholt (RT). Mas precisam intensificar o desenvolvimento de TJ Clemmings (OT/G) e revitalizar Ryan Kalil (LT) e Brandon Fusco (LG). Ou encontrar alternativas...  

Abrir o Olho

Minnesota tem uma das mãos na vaga para os PLAYOFFs. Pode até ganhar a divisão, mas vamos nos concentrar no WILDCARD. Porém precisa focar no objetivo. Muitas distrações acontecendo no momento como Peterson reclamando ou o questionamento pela jogada final contra os Cardinals. Tampa bay não está distante e possui um schedule favorável. Se considerarmos os desfalques defensivos de jogadores chave para os Vikings como Anthony Barr (OLB), Linval Joseph (DT) e Harrison Smith (S), eles não têm margem para erros. Olho aberto!