Jogo em Foco - Colts x Texans
INDIANAPOLIS COLTS 27 x 20 HOUSTON TEXANS Quando meio Quarterback é melhor do que um inteiro? Com Matt Hasselbeck (QB - Colts) doente no lugar do ainda contundido Andrew Luck (QB), Indianapolis manteve a supremacia dentro da AFC SOUTH. Vamos a 3 observações sobre cada time:
INDIANAPOLIS COLTS
Suco de Goiaba
Na terça-feira à noite, Matt Hasselbeck estava hospitalizado por causa de uma bactéria que lhe atormentava o intestino. Na quarta, mesmo sem condição física de treinar, recebeu a notícia que Andrew Luck não se recuperou do problema no ombro. Quinta à noite, o veterano Quarterback tomou um galão de suco de goiaba e entrou em campo. Foram 18 passes completos em 29 tentativas, 213 jardas e 2 TDs. O que nos leva a pergunta, alguém com a experiência de Hasselbeck, precisa treinar a parte tática, ou uma simples estudada no plano de jogo basta? Para uma sequência de jogos é óbvio que sim, pois a demanda de entrosamento com os recebedores e variações de conceitos baseadas no estudo de cada adversário, precisam ser trabalhados. Porém, numa partida em específico, o coordenador ofensivo pode ajustar o PLAYBOOK para o que seu desidratado QB se sente mais confortável, o que fez Pep Hamilton com louvor.
A Carta na Manga
Andre Johnson (WR) se consagrou na NFL jogando por Houston. Ontem iria enfrentar seu ex time pela primeira vez. Curiosamente, ninguém estava fazendo grande alarde disso. Talvez porque Johnson não esteve envolvido no plano de jogo nas 2 partidas anteriores, quando teve respectivamente 1 e 2 TARGETS, nenhum resultando em passe completo. Mas a história seria diferente em Houston, onde Andre está acostumado a ser o protagonista. Completou 6 dos 7 TARGETS, 2 deles para TDs, impulsionando seu novo time à vitória e liderança isolada na divisão. Veja seus Highlights na partida: https://youtu.be/ubtMyWVt57w
Queijo Suiço
Tudo bonito na vitória fora de casa e manutenção do cinturão da AFC SOUTH, mas se Indianapolis tiver pretensões maiores no campeonato, precisa evoluir defensivamente com urgência. Um dos favoritos antes do campeonato, permitiu o time com a pior situação de Quarterback da liga evoluir em campo 362 jardas aéreas, com média de 8.8 por tentativa. Cobertura defensiva confusa, mais furada que um queijo suiço, como nos 2 TDs dos Texans exemplificaram, e PASS RUSH quase inexistente (1 sack + 2 hits). Vale lembrá-los, que o próximo compromisso (Semana 6) será contra um tal de Tom Brady (QB - Patriots) jogando com a bola cheia.
HOUSTON TEXANS
A Saga dos Quarterbacks
Como refleti acima, tem alguma situação de Quarterback na liga pior do que a de Houston? (Washington? San Francisco? Cleveland?) Hoje eles têm dois Quarterbacks com talento suficiente para serem reservas nas melhores equipes disputando a vaga de titular. Pior ainda, a forma como Bill O'Brien (HC) administra-os. Primeiro, demorou bastante durante a fase de TRAINING CAMP para definir que Brian Hoyer seria o QB1, dizendo em tom claro registrado num dos episódios de HARD KNOCKS, que ele não estaria sob pressão de resultados imediatos. No dia seguinte Ryan Mallet, o QB2, faltou ao treino, revoltadinho. Começa o campeonato, e logo na 1ª partida, aflito com a performance ruim de Hoyer, O'Brien já promove a entrada de Mallett e o confirma como titular para a sequência da temporada. Semana 4 em Atlanta, os Falcons aplicam uma surra nos Texans, abrindo 42 pontos de vantagem. O HEAD COACH coloca Hoyer em campo, que consegue ao menos diminuir o fiasco, anotando 3 TDs. Com isso, abre-se novamente a conversa de quem deveria ser o titular. A rodada seguinte marcaria o confronto contra o principal adversário da divisão, numa 5ª feira, ou seja menos tempo para preparação. Talvez por isto, o escolhido para entrar em campo foi Mallett. Com Indianapolis rapidamente abrindo vantagem, o nervosismo tomou conta de todos em Houston. A vitória era imprescindível. Eis que o Quarterback leva uma pancada e precisa ser atendido momentanemente pelos médicos. Entra Hoyer para tapar o buraco, e consegue uma boa sequência de jogadas, entusiasmando a equipe e torcida. O'Brien então decide mantê-lo à frente do ataque, para visível descontentamento de Mallett. Os Texans conseguem bastante jardas e 2 TDs deixando o jogo parelho, até que uma ridícula interceptação de Hoyer praticamente define a sorte da partida. Resumo da situação: Hoyer tem talento para isoladamente contribuir, mas é errático demais para liderar a equipe. Mallett tem braço e atributos físicos para tal, mas possui uma cabeça bem fraquinha... A saga até daria um livro. Pena que ninguém compraria.
Vale o Momento?
Uma das maiores falácias da NFL é o comentário de quem tem o melhor momento dentro da partida. Na maior parte das vezes isso não vale de nada. O que importa é a consitência de cada time e a capacidade de promover os ajustes certos de acordo com as circunstâncias. Ontem tivemos mais um exemplo disto. Última jogada do 2º quarto, Houston vai perdendo de 13 x 3, e tem 4 segundos no relógio, a aproximadamente 40 jardas da ENDZONE. HAIL MARY a caminho! Brian Hoyer (QB) cisca no POCKET dando tempo para os recebedores se aprofundarem, manda a bola na ENDZONE, e o calouro Jaelen Strong (WR), que não estava nem aí para a cobertura desastrosa dos Colts, agarra a bola, deixando seu time apenas 3 pontos atrás no placar, rumo ao intervalo, com a torcida em estado de euforia. Começa o 2º tempo, os Colts tem a posse da bola, evoluindo até o TD de Frank Gore (RB) em apenas 1:58 mins. O que aconteceu com o tal momento? Veja o lance: https://youtu.be/evjWqkhdXYs
Dupla Dinâmica
Quando Houston draftou Jadeveon Clowney (DE) com o 1º pick geral de 2014, a primeira coisa que passou na cabeça de todo mundo foi: como será possível esquematizar a proteção ao Quarterback conta a dupla Clowney e JJ Watt (DE)? Clowney perdeu praticamente toda a temporada 2014 com contusão no joelho, adiando este cenário. Não foi esta vez ainda que vimos os 2 brilhar simultaneamente. Ontem, Clowney teve 14 SNAPs em PASS RUSH, contabilizando 1 hit. Watt também anotou 1 hit apenas, só que em 34 SNAPs. Muito pouco para toda a expectativa em cima dos craques. Watt teve um anoite especialmente invisível. A desculpa de bloqueios duplos (ou triplos) e holdings ofensivos não cola! Pior ainda, percebi Clowney, que até estava bem no combate ao jogo de corridas, sair de campo mancando e não o reparei mais na partida.
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