ST LOUIS RAMS 31 x 23 TAMPA BAY BUCCANEERS   Os Rams venceram o que pode ter sido sua última partida em St Louis contra os Buccanneers que entraram em campo com míseras chances de Playoffs. Vamos a 3 observações sobre cada time:  

ST LOUIS RAMS

Até algum Dia

Stan Kroenke, o dono do time (um dos mais ricos da NFL), parece obstinado em mover a franquia para Los Angeles.

O caso segue indefinido pela concorrência com outras propostas, e a movimentação da cidade de St Louis em viabilizar um novo estádio, o que pelas regras de relocação da NFL, impediria a mudança. Se os planos do dono tiverem êxito, esta foi a última partida dos Rams na casa que os abriga desde 1995, pois nas 2 rodadas finais de 2015 eles jogarão como visitantes. Apesar da identificação criada com os torcedores locais, a performance em campo nem sempre foi boa. Nas 20 temporadas antes desta:

• 4 campeonatos com record positivo (9 vitórias ou mais)
• 2 campeonatos 50% (8 Vitórias / 8 Derrotas
• 14 campeonatos negativos (7 vitórias ou menos)

O ápice foi entre 1999 e 2001 quando Kurt Warner (QB) comandou um súper ataque apelidado de "The Gretest Show on Turf" (O Grande Show nos Gramados). Time que reunia craques como Marshall Faulk (RB), Isaac Bruce (WR), Torry Holt (WR), Orlando Pace (OT), Bruce Carter (DE) e Aeneas Williams (S). Juntos, chegaram a 2 SUPER BOWLs, vencendo o 1º deles, uma das partidas mais emocionantes que assisti.  

Playmakers

Todd Gurley (RB) teve uma boa oportunidade para se aproximar do prêmio de calouro ofensivo do ano, contra uma defesa que já permitiu inúmeras jardas a Running backs adversários durante o ano. Seu aproveitamento não foi bom, apesar de alguns lances esporádicos interessantes e 1 TD corrido. Ainda assim suas 48 jardas foram suficientes para fazê-lo cruzar a fronteira das 100 jardas corridas no campeonato.

https://youtu.be/obveYCMiENA  

Segurando as Pontas

Esta deveria ser a temporada em que a defesa dos Rams se colocaria entre as mais temidas da liga. (Até são, mas pelos motivos errados). Irregularidade ofensiva, desmotivação e desfalque de jogadores importantes limitaram o potencial da unidade. Fora dos campos estão Robert Quinn (DE), Alec Ogletree (LB) e TJ McDonald (S).

Se ainda impões sua vontade sobre os adversários, o motivo é a presença de um monstro da linha defensiva segurando as pontas: Aaron Donald (DT). Impossível de ser bloqueado em vários momentos, ele seria um dos favoritos ao prêmio de MVP defensivo do ano, se seu time estivesse melhor no campeonato. Não lembro e uma única partida em que não tenha destacado-se. Além da presença imponente contra o jogo de corridas, ainda obteve 11 sacks / 20 hits / 32 pressures nos Quarterbacks adversários.  

TAMBA BAY BUCCANEERS

Menino Jameis

Ontem tivemos uma mostra da carreira de Jameis Winston, enquanto Quarterback de Florida State, universidade que o revelou. Por lá, onde foi campeão nacional, Winston se notorizou por atuações irregulares nos 1º tempos das partidas e reviravoltas no 2º tempo. Também por interceptações traumáticas. Contra os Rams o script foi quase idêntico, com um senão: a vitória de virada não aconteceu. De qualquer forma foi uma boa experiência acumulada para futuros campeonatos, contra uma defesa agressiva que chamou BLITZES em 24 ocasiões. Se conseguir manter a cabeça no lugar, tudo indica que Tampa deu um tiro certeiro no DRAFT 2015. Talento não lhe falta.

Playmakers pt.2

A missão dos Buccaneers daqui para frente é cercar Winston das armas ofensivas certas. Terão decisões a fazer. Primeiro quanto a renovação do contrato de Doug Martin (RB), que vem jogando muito bem. Será que cobrirão as propostas $$$$ que aparecerão? Vincent Jackson (WR) é uma outra situação. Salário alto e contusões podem precipitar a saída da equipe. Dos jovens talentos, Mike Evans (WR) e Austin Saferian-Jenkins (TE) têm habilidade de sobra. O primeiro precisa trabalhar a coordenação olhos/mãos para diminuir o número de DROPs e o segundo, além de manter-se saudável, precisa melhorar a concentração.  

Caminho Defensivo

Tenho criado restrições ao esquema defensivo implementado por Lovie Smith (HC - Buccaneers), pela incompatibilidade de combater as tendências ofensivas atuais de SPREAD. O TAMPA-2 foi sensacional no fim da década de 90 e início dos anos 2000 contra ataques de formação mais tradicional. Hoje, ele pede uma função aos Safeties e Linebacker interno quase impossível de ser realizada. Talvez até pudesse dar certo, caso o PASS RUSH do time conseguisse gerar pressão somente com os 4 homens de frente, o que não é o caso desta atual defesa dos Buccaneers. Será que Lovie conseguiria ajustar seu esquema? Ontem não foi indício disto, com apenas 4 BLITZ chamadas e uso de formação NICKEL em 34.5% dos SNAPs, percentual bem menor que o resto da liga.