Punts – Explorando a Tampa-2

A cobertura por zona chamada TAMPA-2 é uma variação do COVER-2 tradicional, a diferença básica está no posicionamento do Linebacker central, que nesse caso recua mais do que o normal.

O nome dos esquemas de cobertura levam um número do lado, que representa quantos jogadores têm responsabilidade por zonas no fundo do campo, nesse caso são os 2 Safeties. Se fosse COVER-3, por exemplo, seriam 3 jogadores no fundo, normalmente 2 Cornerbacks e 1 Safety.

Ela nasceu na década de 90, quando o Tampa Bay Buccaneers jogava na NFC North, e enfrentava 2 vezes por ano o Green Bay Packers com Brett Favre (QB) em seu auge.

Favre tinha um braço incomparável, e o explorava com vários passes longos juntos à lateral do campo, ou em rotas POST.

Para combatê-los, os Buccanneers resolveram alinhar seus Safeties mais recuados, dando a eles a responsabilidade nessas bola fundas pela extremidade.

Muitos times adotaram essa cobertura como base de sua defesa na época, e até hoje é usado em certas variações, como no caso do Chicago Bears e Minnesota Vikings.

Mas como tudo na vida, ela tem seus pontos vulneráveis. A idéia hoje é ver quais tipos de jogadas são mais efetivas contra ela.

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O Esquema

Como dito, esse esquema de cobertura é efetivo tanto contra os passes longos, como contra os curtos.

Os espaços mais vulneráveis são o das laterais entre as 2 áreas de cobertura (a do Cornerback e a doSafety), e o fundo do campo pelo meio, por trás do Linebacker Central.

Veja o Tampa-2 no desenho abaixo:

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Jogo de Corridas

As equipes que usam o TAMPA-2 como base têm resultados diferentes contra o jogo de corridas.Bears e Vikings têm um bom histórico estatístico nesse quesito.

Em compensação, os Buccanneers, mesmo em seu auge, e os Colts até o ano passado, apresentavam vulnerabilidade contra as corridas, talvez até pela característica de seus jogadores, um pouco menores que a média em suas posições.

Jogadas tipo POWER O, Fullback LEAD e TRAPs costumam ter sucesso, e também DRAWs, induzindo oLinebacker interno a recuar.

Na série Playbook do ano passado, destaquei uma jogada dessas (DRAW), usada com sucesso peloDetroit Lions, contra o Chicago Bears. Clique Aqui para vê-la.

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Jogo Aéreo

As jogadas aéreas mais eficientes contra essa cobertura são as que exploram “fronteiras” das zonas.

Um exemplo está aqui em baixo, usando o conceito de SMASH, 2 rotas numa mesma direção, mesma lateral.

Aqui, o Tight End correria uma rota OUT curta, mantendo o Cornerback preso à sua zona, enquanto o Wide Receiver, começa com um realease por dentro, e depois assume um OUT intermediário, na frente do Safety daquele lado.

O resultado pode ser um ganho entre 8 – 15 jardas, dependendo da profundidade em que o Safetytenha alinhado.

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O SLANT é uma jogada que funciona contra quase todos os tipos de marcação. Vamos ver uma variação sua que afeta o TAMPA-2, o DELAYED SLANT.

Novamente o Tight End vai servir como isca para no lance, correndo uma rota IN curta. O objetivo é atrair o Linebacker externo do STRONGSIDE, que sabe que seu colega interno irá se posicionar ao fundo, e deixa aquele setor interno desguarnecido.

Após alguns instantes, o Wide Receiver que primeiro fingiria estar esperando um SCREEN, partiria numa rota SLANT, e ao receber a bola teria espaço para avançar com ela nas costas do Linebacker.

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Uso dos Tight Ends

Essa atual safra de Tight Ends, pela velocidade que apresentam, é um grande desafio para as defesas, inclusive as que usam o TAMPA-2.

Eles podem ser mortais no fundo do campo de duas formas:

POST – rota longa vertical, virando em 45º para o lado interno. Ele teria como objetivo ultrapassar o Linebacker central, entre os 2 Safeties.

PIN – rota longa vertical, virando num ângulo externo. Ele atrairia o Safety para dentro, e depois tentaria se distanciar dele, correndo em direção à lateral.

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Criatividade

Contra qualquer esquema defensivo, nada funciona melhor do que fazer o inesperado. Os coordenadores e jogadores estudam intensamente os vídeos dos jogos anteriores de seus adversários, buscando tendências de formações e movimentações. Ao inovar em campo, eles ficam confusos e aumenta a possibilidade de erro nas coberturas.

No desenho abaixo, tento imaginar uma foma de surpreender a defesa. Entraria com 3 Wide Receivers contra a formação NICKEL da Cover-2.

Alinharia os 3 WRs de um mesmo lado (BUNCH), atraindo algum jogador que ficaria no lado oposto, e então exploraria esse lado desguarnecido. Usaria o Tight End para prender o Cornerback na lateral, e passaria a bola para o Running Back, numa rota WHEEL pelo meio, que teria campo aberto para avançar.

O princípio seria parecido com o utilizado na SLANT, mas o segredo é justamente, a formação inesperada, influenciando a cabeça dos defensores.

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