Punts – Construindo o Ataque
Faltando menos de 2 meses para começar a temporada de 2010, vale a pena falarmos sobre a construção dos elencos, e o foco que cada time deve ter.
Para chegar lá vamos olhar os estilos de alguns jogadores, comparando suas carreiras.
Polêmica à vista!
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Peyton Manning x Tom Brady
Quem é melhor? Esta é uma discussão calorosa!
Peyton Manning tem os recordes de performance; Tom Brady 2 títulos de SUPER BOWLs a mais que o rival.
Ambos são craques e líderes, mas com características diferentes.
Manning é o Quarterbarck mais cerebral da NFL. Por passar horas e horas estudando os adversários, ele consegue identificar as formações defensivas e explorá-las. Para aproveitar essa capacidade, os treinadores do Indianapolis Colts dão a ele a liberdade de alterar a jogada antes do SNAP.
Com isso, os passes saem rapidamente de suas mãos, evitando a pressão da defesa.
Brady já tem uma mecânica de jogo diferente, ele consegue perceber a movimentação defensiva após o SNAP, evitando executar certas jogadas, quando a defesa está bem posicionada para impedi-las.
Sua visão do jogo é fantástica, caso algum outro recebedor, que não o alvo inicial do passe, tenha conseguido se desmarcar, Brady vai fazer com que a bola chegue nele.
Essa diferença de estilo impacta no tipo de Wide Receiver que seus times procuram para compor o elenco.
Os Colts tentam identificar jogadores velozes, que possam chegar em instantes na área do campo combinada (e recombinada!). Exemplos: Marvin Harrison e Reggie Wayne.
Os Patriots por sua vez, gostam de WRs dinâmicos, capazes de mudar de direção ao correr com a bola dominada ou antes de recebê-la. Exemplos: Deion Branch e Wes Welker.
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Joe Montana x Dan Marino
Esta mesma pergunta de quem era o melhor Quarterbackacompanhou a carreira desses outros 2 craques da década de 80.
Dan Marino bateu todos os recordes possíveis, jogando pelo Miami Dolphins (alguns já quebrados por Peyton Manning). Porém nunca venceu o SUPER BOWL, só tendo chegado até ele uma única vez, em 1984, quando seu time perdeu para o San Fracisco 49ers de Joe Montana.
Marino tinha todos os atributos procurados num QB, precisão no passe, força e rapidez de decisão, tanto que apesar da pouca mobilidade, raríssimas vezes as defesas conseguiam chegar nele a tempo. Seu único pecado era não confiar no jogo de corrida de seu time, muitas vezes forçando uma jogada aérea fora de tempo.
Joe Montana foi um caso de o homem certo na hora certa! Seus atributos como super precisão no passe, mobilidade e timming, casaram perfeitamente com que o HEAD COACH dos 49ers, Bill Walsh, precisava para seu inovador esquema ofensivo WEST COAST OFFENSE. Resultado : 3 títulos de SUPER BOWL e uma das carreiras mais brilhantes de todos os tempos.
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Adrian Peterson X Chris Johnson
Os dois melhores Running Backs da NFL estão na liga a pouco tempo, mas já deixaram sua marca.
Chris Johnson é pura velocidade. O RB dos Titans é quase “imarcável”, quando não o param perto da linha deScrimmage.
Apesar de muito maior e mais forte, Adrian Peterson não fica muito para trás no quesito velocidade. Seu estilo não é o tradicional de rompedor pelo meio, que usa do físico para conquistar suas jardas.
Em média, um Running Back de alto nível carrega a bola entre 20 a 25 vezes numa partida, e espera-se dele uma média superior a 4.0 jardas por jogada.
Alguns times preferem distribuir essas jogadas de corrida entre 2 RBs, o chamado “corrida por comitê”.
Normalmente esses comitês são formados por 1 RB rompedor e 1 RB de velocidade. A melhor dupla do momento é DeAngelo Williams e Jonathan Stewart do Carolina Panthers.
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Emmit Smith X Barry Sanders
Dois dos melhores Running Backs de todos os tempos, Smith e Sanders brilharam na década de 90.
Atuando pelo Dallas Cowboys, Emitt Smith foi uma máquina de fazer TOUCHDOWNS, ajudando seu time a vencer 3 SUPER BOWLs. Devido a uma carreira mais longa que a médias dos jogadores em sua posição, ele conseguiu bater vários recordes, incluindo o de maior número de jardas conquistadas em jogadas de corrida.
Por jogar num time muito inferior, o Detroit Lions, Barry Sanders não teve oportunidade de conquistar títulos. Mesmo assim, quando comparado a Smith, Sanders divide a opinião sobre quem foi melhor.
Particularmente, nunca vi nenhum jogador tão espetacular com a bola nas mãos, quanto o nr. 20 dos Lions.
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Jogo Aéreo ou Jogo de Corrida ?
Qual a melhor estratégia? Dar ênfase ao jogo aéreo ou ao jogo de corrida?
Até poucos anos atrás a resposta era fácil!
Sem um jogo de corrida forte seu time não seria campeão. O importante sempre foi manter a posse da bola e controlar o tempo de jogo.
Aos poucos a NFL tem mudado algumas regras, criando restrições ao contato físico durante o jogo aéreo e facilitando a vida dos Wide Receivers.
Com isso subiu o percentual de passes completos, aumentando o poder de fogo dos times.
Todos os participantes dos últimos 2 SUPER BOWLs privilegiam o jogo aéreo com seus excelentes Quarterbacks: Drew Brees (Saints), Peyton Manning (Colts), Ben Roethlisberger (Steelers) e o recém aposentado Kurt Warner (Cardinals).
Mas vale lembrar que o ataque do New Orleans Saints mesmo sendo muito potente no jogo aéreo desde a chegada de Brees, só conseguiu avançar nos PLAYOFFS após encontrar um Running Back eficiente (Pierre Thomas).
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Os Demais Jogadores
Após considerar que tipo de ataque seu time vai se especializar, precisa-se definir qual a melhor característica para a Linha Ofensiva.
Atletas com mobilidade suficiente para atuar no esquema WEST COAST OFFENSE ou outros esquemas que peçam o deslocamento destes jogadores? Ou atletas fortes e pesados capazes de lutar por cada milímetro no jogo de corrida, e formar uma barreira à frente do QB, dando tempo para ele executar passes longos?
E quanto ao Tight End? Seu esquema pede um jogador mais atlético, para ser um alvo constante dos passes, ou um atleta mais forte que possa compor a proteção/bloqueio junto com a linha ofensiva.
Qual a formação ofensiva que vai ser mais utilizada? A tradicional com 1 Fullback ajudando no jogo de corrida? 2 Tight Ends? 3 Wide Receivers?
O bom administrador do time precisa trabalhar em harmonia com os treinadores, entendendo a necessidade de seus esquemas para identificar entre os atletas disponíveis na Liga Universitária (DRAFT), ou entre jogadores veteranos, aqueles que têm as características certas para contribuir durante o campeonato.
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