Abaixo estão minhas análises dos confrontos nos PLAYOFFS NFL desse fim de semana, seguindo a estrutura que usávamos em nosso PODCAST 10 Jardas no Ar. Coloco também um palpite de resultados, que serve somente par diversão, pois como sempre, surpresas e emoções inesperadas acontecerão. Divirta-se lendo os comentários e principalmente assistindo esses 4 jogos que movimentarão a rodada WILDCARD! Os próximos 3 posts, com as análises das demais partidas, serão exclusivos a nossos apoiadores: Clique aqui para o link e por favor colabore com o 10 jardas!!!   

. Mando de campo : Empate

Houston tem um histórico limitado de partidas de PLAYOFFs em casa. Foram 2 vitórias sobre os Bengals e a humilhante derrota para os Chiefs ano passado. Seu estádio coberto não assusta os adversários.  

. Jogo de corrida (Raiders) x defesa (Texans) : Empate

Mais do que nunca os Raiders precisarão que seu jogo de corridas funcione bem. O triunvirato de Running backs liderado por Latavius Murray deu exemplos durante a temporada de ser capaz de carregar o ataque. Claro que existia a ameaça do jogo aéreo. Agora a defesa de Houston poderá concentrar mais corpos na Linha de Scrimmage, limitando os espaços de corrida. Durante a temporada regular os Texans foram decentes no combate permitindo uma média de 4.0 jardas por tentativa (13ª da liga) e conseguiram limitar os adversários a menos de 100 jardas (99.7 - 12ª da liga). Um efeito contrário desta estratégia de "engarrafar" a trincheira é ter menos gente recuada. Ou seja, caso algum RB consiga furar o bloqueio inicial, BIG PLAYs tornam-se um problema, e já vimos os calouros de Oakland DeAndre Washington e Jalen Richard obterem longos avanços em 2016.  

. Jogo aéreo (Raiders) x defesa (Texans) : Texans

Foi um soco no estômago da torcida dos Raiders ver seu Quarterback Derek Carr desesperado em campo após a fratura na perna. Piorou a situação quando o reserva imediato Matt McGloin saiu com o ombro lesionado na rodada seguinte. Agora o fardo caiu sobre  Connor Cook, que será o único calouro da história a ter sua 1ª partida como titular ser de PLAYOFF. Disse recentemente que a chance dos Raiders não mudava muito após a saída de Carr, pois ele estava limitado por outra contusão, no dedo, que impedia o SNAP normal da bola. O coordenador ofensivo colocava-o quase exclusivamente em SHOTGUN, o que atrapalha outras coisas como o andamento do jogo terrestre. Porém, com o 3º QB à frente do ataque, o desfalque se agrava. Não pela qualidade do jogador, mas pelo entrosamento com o time titular. Oakland precisará de uma participação espetacular de sua unidade de recebedores, onde os principais Wide Receivers Amari Cooper e Michael Crabtree nem sempre estiveram afiados. Para piorar a defesa dos Texans, mesmo sem seu maior craque JJ Watt (DE) foi a 2ª melhor do campeonato em jardas aéreas permitidas (201) e possui jogadores emergentes como Jadeveon Clowney (DE), Benardrick McKinney (LB) e AJ Bouye (CB).  

. Jogo de corrida (Texans) x defesa (Raiders) : Texans

Os Texans acertaram em cheio na contratação de Lamar Miller (RB). O ágil corredor trouxe dinamismo ao ataque. Sem ele duvido que chegassem aos PLAYOFFs. Ele desfalcou o time nas últimas 2 rodadas mas deve estar em campo no Sábado. A defesa dos Raiders começou o ano bem vulnerável contra corridas. Melhorou recentemente, mas talvez em função dos adversários que o schedule os agendou nessa reta final.  

. Jogo aéreo (Texans) x defesa (Raiders) : Raiders

Diferente de Miller, a contratação de Brock Osweiller (QB) já parece um mico! Sem nunca conseguir dar qualquer ritmo ofensivo ao time, pela imprecisão nos passes e má leitura das defesas, ele foi barrado, dando lugar ao inexperiente Tom Savage (QB). Em breve participação, Savage ao menos incrementou os TARGETs do craque DeAndre Hopkins (WR), subutilizado nessa temporada até então. Porém, ele está descartado dessa 1ª partida de PLAYOFFs, ainda dentro do protocolo de concussões, pela pancada que sofreu na Semana 16. Não que a defesa de Oakland seja intransponível, não é, mas ao menos possuem jogadores oportunistas na linha secundária, que podem gerar TURNOVERs e um monstro no PASS RUSH chamado Khalil Mack (DE).  

. Time de especialistas : Raiders

Não foi um bom ano dos Special Teams em Houston, salvo 2 retornos para TD. Seu Kicker foi claudicante, as unidades de cobertura falhas e nem o veterano Shane Lechler (P) se destacou. Talvez o jogo mais marcante tenha sido contra os Patriots, quando 2 TURNOVERs em retorno liquidaram a fatura para o adversário. Pelo lado de Oakland, seu Punter Marquette King apareceu até fora dos campos, mostrando uma personalidade forte. Tecnicamente está entre a elite da liga. Sebastian Janikowski (K) mostrou a irregularidade de sempre, mas possui um canhão nas pernas, quase sempre colocando o adversário em situação de TOUCHBACK nos KICKOFFs e acertando os eventuais chutes de longa distância.  

. Coaching : Empate

Dois HEAD COACHES que tiveram desafios diferentes em 2016. Jack del Rio lutou para estabilizar a defesa dos Raiders, que permitia uma enormidade de jardas no início do campeonato. Sanou de todo o problema? Não, mas houve avanços. É justa sua inclusão nas enquetes de melhores HCs do campeonato. Já em Houston, Bill O'Brien teve que (de novo) roer um osso duro em relação a seus Quarterbacks. Por escolha dele ou não, Brock Osweiller foi contratado na OFFSEASON para resolver o problema, mas esteve longe disso. Aos trancos e barrancos Houston chegou aos PLAYOFFs. A defesa comandada por Romeo Crennel (coordenador) é complexa. Ele precisa sempre dosar seu PLAYBOOK para não gerar confusão na cobertura, o que fez bem esse ano.  

. Somatório das forças : Texans 2 x 2 Raiders

. Meu Palpite : Texans 18 x 16 Raiders

Quando os 2 Quarterbacks são inconsistentes, tudo pode acontecer na partida. Nesse caso apostarei na capacidade de ajuste de Bill O'Brien, que pelo menos sabe o que tem nas mãos...