Alvos do Draft 2016 – QB
O Draft 2016 está curioso em relação aos seus Quarterbacks. Se compararmos com o ano passado, falta brilho, porém possui um número maior de jogadores capazes de se destacar na liga. Como sabem, faço meus rankings de acordo com as decisões que eu tomaria caso GENERAL MANAGER de alguma organização. O que verão abaixo em nada almeja prever o que acontecerá no DRAFT, e sim como projeto suas performances na NFL. Em média 3 QBs são escolhidos no primeiro round.
TOP 6
1) Paxton Lynch (Memphis) Já sei, vocês vão dizer que estou maluco! Talvez. Existe muito o que se preocupar nos vídeos de Lynch. Especialmente sua mecânica de passe ainda é pouco trabalhada. Isto deixa a precisão dos passes inconstante. Contra adversários melhores do que os rivais da American Conference, esta tendência ficou mais exposta. Mas não quer dizer que jogou de todo mal contra equipes como Auburn e Ole Miss. Por que então coloquei Lynch no topo do ranking? Vejo nele o Quarterback de maior teto para crescimento, pela combinação atlética, tamanho, braço e cabeça. Nada me mostrou uma grande separação na avaliação dos outros 2 QBs (melhores ranqueados por virtualmente todo mundo), que me tirasse da cabeça o apreço pelo que Lynch pode trazer no futuro para quem o selecionar. São muitos os atributos que me impressionaram nele. Por exemplo, raramente o vi tomar decisões verdadeiramente ruins com a bola, forçando passes. Não a toa, foram apenas 4 interceptações em 2015. Vi também passes com boa potência, apesar de raramente as jogadas chamadas envolvessem rotas externas. Vou me aprofundar nesta análise quando fizermos o episódio do PODCAST sobre Quarterbacks para este DRAFT, mas o fator X que impulsionou-o neste ranking acabou sendo a agilidade. Escapar de pressões e dar continuidade às jogadas, a meu ver, diferenciará esta geração de QBs na liga. Veja o video de seus Highlights: https://youtu.be/pDV8ls_vYsk 2) Jared Goff (California) Acredito ser possível vencer com Goff. Então também o escolheria no 1º round. Apesar de fisicamente não impressionar, ele tem ótimo braço e razoável mobilidade. Ainda como bons atributos, enxerga bem os alvos livres pelo campo, não tem medo de tentar a jogada mais contundente, tem boa precisão nas rotas intermediárias e boa mecânica de passe. No que pode melhorar? Precisão nos passes longos e leitura das defesas para antecipação das jogadas. Toda a conversa pré-Draft é que Goff seria o Quarterback melhor preparado para assumir imediatamente o posto de titular. Pode ser, mas isso não significa que ele está pronto... Vi em campo um QB que praticamente alinha no SHOTGUN o tempo todo, ou seja, precisará trabalhar a percepção de pressão defensiva e movimentação em DROPBACKs. Veja o video de seus Highlights: https://youtu.be/45U6H0ld9P8 3) Carson Wentz (North Dakota St) Ele é o nome mais quente no momento. Não duvido de sua capacidade em tornar-se um Quarterback vencedor na NFL, por isso também o selecionaria no round 1, mas prefiro os dois jogadores acima. Efetivamente, temos 1 ano e meio de vídeos de Wentz atuando pela sua Universidade. Se criticam a inexperiência de Lynch, o mesmo deveria valer para ele. Não pelo nível de competição da divisão que joga, mas pela vivência em campo. Preocupa-me a tendência de focar num único recebedor para o lance e uma mecânica de passe alongada. Esta combinação normalmente gera muitas interceptações. Movimenta-se bem em campo, mas sofre com as pressões defensivas. Dito tudo isto, ele possui braço efetivo, capaz de executar qualquer tipo de passe pedido pelo esquema de jogo do time que o escolher, com boa precisão nos passes longos e vale o risco no 1º round. Veja o video de seus Highlights: https://youtu.be/vOk8ID_GGHM 4) Jake Cocker (Alabama) Talvez pela gangorra que foi sua carreira universitária, seu nome parece quase esquecido nas conversas sobre Quarterbacks. Moveu-se para Alabama após ser barrado por Jameis Winston (Buccaneers) em Florida St, e teve que cumprir longa jornada até levantar o troféu de campeão nacional. Se a confiança por não entrar em campo foi abalada, sagrar-se campeão pode ter sido o melhor antídoto. De fato Cocker só tem 1 temporada no currículo. Significa inexperiência. Mas também potencial ainda não realizado. Diferente de Wentz ou Lynch, ele treinou sob a tutelagem de 2 das melhores comissões técnicas da NCAA, então o amadurecimento na NFL pode vir a ser até mais rápido. De qualquer forma, precisará trabalhar o aspecto liderança. É importante para Quarterbacks sedimentarem-se como o líder do time. Possui o biotipo certo, braço de bom para excelente, razoável atleticismo e seus passes saem na pressão e trajetória certa, facilitando a vida dos recebedores. Veja o video de seus Highlights: https://youtu.be/758Y8HsXUac 5) Dak Prescott (Mississippi St) Definitivamente não se trata de um Quaterback convencional. De alguma forma, supera suas limitações para vencer. Líder nato, apesar da escorregada que deu há poucas semanas ao dirigir embriagado. Tecnicamente, tem problema na precisão dos passes e segura a bola por tempo demais, atraindo a defesa. Mas deve ser dito que ano a ano ele mostrou evolução. Ágil, escapa do POCKET para ganhar jardas correndo com a bola, mas precisa manter-se atento às oportunidades de passes. Veja o video de seus Highlights: https://youtu.be/oQ1ogHRTYfQ 6) Brandon Allen (Arkansas) Pivô sobre uma curiosa conversa sobre o comprimento das mãos ideais para Quarterbacks, Allen definitivamente não tem o tamanho que os scouts procuram. Não significa estar impossibilitado de suceder na NFL, mas o caminho é mais complicado. Até 2015 ele foi errático nos passes. De repente deu-lhe um estalo qualquer, e talvez tenha sido o Quarterback mais eficiente na segunda metade do último campeonato. Bom timming com seus recebedores. Veja o video de seus Highlights:
O Coringa
Connor Cook (Michigan St) Durante o COMBINE, Cook teve que responder a mais perguntas sobre sua capacidade de liderança do que à respeito da parte técnica. Isto porque o vibe vindo de Michigan St e interpretações sobre entrevistas que ele deu trazem a percepção de se tratar de uma pessoa difícil, cheia de si, incapaz de exercer o papel de liderança que os times da NFL procuram. O fato de não ter sido eleito como capitão do time universitário dá asas a esta conversa. O talento existe. Possui qualidades a ser apreciadas como precisão no passe. Se encantados com estes atributos, algum time, ávido por encontrar um Quarterback poderia selecioná-lo no round inicial. Pessoalmente, não faria isto, não só pelo que comentei lá em cima. Tenho restrições a seu jogo. Acho que impulsiona demais o torso para executar os passes longos, denunciando a jogada. Vejo também um QB que não identifica bem as pressões e perde o comando técnico quando acuado. Também me deixa intrigado a quantidade de jogos em que arrancou viradas no quarto final para levar seu time à frente. Ainda mais possuindo uma defesa de qualidade como a de Michigan St. Isto me denuncia um jogador que talvez não estude o adversário idealmente e se surpreende quando inicia o jogo. Daí, atrás do placar, aproveita-se da estratégia mais conservadora dos adversários para produzir jardas e pontos. Veja o video de seus Highlights: https://youtu.be/GBTukhi8wtM
Evitaria Escolher
Christian Hackenberg (Penn St) Em primeiro lugar devemos levar em consideração todos os reveses que acompanharam Hackenberg até aqui: tumulto em Penn St; troca de HEAD COACH quando Bill O'Brien (Houston) deixou a equipe; linha ofensiva muito ruim. Dito isto, acho que ele está longe de se tornar o Quarterback que todos imaginaram ser capaz, quando surgiu na universidade. Sem dúvida possui o biotipo perfeito e está entre os braços mais fortes do DRAFT 2016. Porém, a leitura de jogo é deficiente, possui péssima precisão nos passes curtos e intermediários e telegrafa seus passes em rotas longas. É um caso perdido? Não, porém o caminho tortuoso que precisa trafegar até um dia ter condição de virar titular não condiz com o momento atual de impaciência das torcidas e donos de time. O alto número de erros que cometeria provavelmente provocaria a demissão do HEAD COACH e GENERAL MANAGER que o escolher. Veja o video de seus Highlights: https://youtu.be/j84o9_3H3bs Cardale Jones (Ohio St) Se tivesse optado por entrar no DRAFT 2015, logo após brilhar na final da NCAA, Cardale tinha boa chance de ser o 3º Quarterback escolhido num DRAFT fraco na posição depois de Jameis Winston (Buccaneers) e Marcus Mariota (Titans). Ao voltar para mais um ano, deu a chance dos scouts esmiuçarem seu jogo e levantarem questões negativas como a irregularidade na precisão dos passes e má leitura das defesas. Fisicamente tem biotipo e atleticismo adequados, e braço forte (talvez o mais forte desse ano) mas não o suficiente para compensar as deficiências técnicas. Perdeu a condição de titular em Ohio St para JT Barrett (nome a ser observado para o DRAFT 2017) parte por atuações decepcionantes, parte por parecer mais preocupado em se apresentar para os scouts do que comandar seu time em campo. Veja o video de seus Highlights: https://youtu.be/vDeQ9SSPsq8
Alternativas
Cody Kessler (USC) – Boa visão de jogo, mas falta braço. Brandon Doughty (Western Kentucky) – Normalmente os jogadores de divisões anteriores que aparecem neste período pré-Draft são os de braço potente. No caso de Doughty, sua melhor característica é o timming os passes. Kevin Hogan (Stanford) – Jogador mediano que pode se transformar em um reserva confiável.
Merece Atenção
Vernon Adams (Oregon) Pode Adams ser o mais novo caso de Quarterback baixinho a se destacar na NFL? Depois de brilhar na pequena Eastern Washington, ele se transferiu para Oregon com a missão de substituir Marcus Mariota (Titans). Demorou um pouco para se ajustar e sofreu com contusão no dedo, mas depois jogou demais! É difícil compará-lo com outros pequenos QBs como Russel Wilson (Seahawks) ou Drew Brees (Saints), pois não possui a massa muscular do primeiro ou a experiência do segundo. Será que alguém arriscaria? Veja o video de seus Highlights: https://youtu.be/lX-5HeF8ok4
Tiro no Escuro
Travis Wilson (Utah) Desde o campeonato 2014, Wilson era um dos Quarterbacks que me chamava a atenção. Não é por acaso que Utah tornou-se uma pedra no sapato de tantos adversários de maior tradição. Move-se muito bem para alguém de seu tamanho e tem braço forte. Porém sua mecânica de passe é louca! Será que vale a pena investir tempo e recursos nele? Veja o video de seus Highlights: https://youtu.be/cUZT4AOtZTk
Outros Candidatos
Jacob Brissett (North Carolina St), Jeff Driskell (Louisiania Tech), Joel Stave (Wisconsin), Josh Woodrun (Liberty), Matt Johnson (Bowling Green), Trevone Boykin (TCU), Jake Ruddock (Michigan), Nick Arbuckle (Georgia St), Mike Bercovici (Arizona St), Everett Golson (Florida St) e Justin Hollman (UCF)
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