Alvos do Draft 2016 – WR
Ano retrasado tivemos um grupo espetacular de Wide Receivers. Vai ser difícil equipará-lo num futuro próximo. O grupo deste DRAFT aparenta estar bem abaixo. Quando se analisa os vídeos dos jogadores, devemos focar em aspectos como habilidade em receber a bola usando apenas as mãos, capacidade de ganhar jardas extras após o passe recebido, e principalmente, o quão freqüente o WR se desvincula da marcação. Aí entra a combinação de tamanho / velocidade. Velocidade linear é um dos aspectos medidos no COMBINE, que podem influenciar o round que determinado WR é selecionado. Os jogadores que são vistos como opção para rotas externas acabam sendo mais valorizados. Essa é uma das posições em que ocorrem o maior índice de erros de avaliação no Draft, pois a transição para a NFL vai além dos aspectos físicos e técnicos. O número de Wide Receivers escolhidos no primeiro round é muito irregular. Por exemplo, nos Drafts de 2007 e 2009 foram 6 jogadores em cada, enquanto em 2008 nenhum foi selecionado, e em 2006 apenas 1.
TOP 6
1) Laquon Treadwell (Ole Miss) Ele não tem a velocidade costumeira dos Wide Receivers nr.1 do ranking. Não quer dizer que deva ser desprezado. Físico, luta pela bola e quase sempre acaba com ela nas mãos. Tem agilidade o suficiente para compensar a falta de velocidade linear e ganhar separação sobre o marcador direto. Alguns WRs fortes como Treadwell tendem a procurar o contato físico com o defensor e às vezes não seguem na sua rota, preferindo plantar-se em determinado posicionamento. Ele precisará quebrar esse hábito na NFL, onde a diferença de tamanho em relação aos Cornerbacks não é tão grande. Normalmente os recebedores só desenvolvem a compreensão de bloqueios para o jogo de corrida no fundo do campo quando passam um tempo na NFL. Treadwell já mostra boas qualidades neste aspecto. Veja os seus Highlights: https://youtu.be/VlNTejpxR_8 2) Tyler Boyd (Pitt) O quanto a falta de atleticismo demonstrada no COMBINE pode prejudicar um jogador que teve ótima carreira universitária? Não acredita no que falei? Boyd quebrou vários dos recordes de sua universidade que pertenciam a Larry Fitzgerald (Cardinals). Isto tendo 3 Quarterbacks (medíocres) em 3 anos. Por um lado, a maioria das rotas corridas por Boyd em 2015 foram curtas como SLANTs ou SCREENs. Por outro ele ganha jardas depois do passe recebido e também destacou-se como retornador de chutes. Na parte técnica e tática está bem avançado. Precisa ganhar massa muscular para moldar o corpo de acordo com o estilo de recebedor que se projeta na NFL. Veja os seus Highlights: https://youtu.be/r61Vb9xu8jU 3) Corey Coleman (Baylor) Bastante veloz, Coleman é uma excelente opção para rotas longas. Explosivo, será também capaz de conquistar jardas depois do passe recebido. Falta-lhe desenvolver-se como um recebedor de rotas intermediárias, especialmente as internas, devido ao esquema súper aberto de Baylor. Poderá demorar um pouco para se ambientar na NFL. Veja os seus Highlights: https://youtu.be/p71WcAjf94A 4) Will Fuller (Notre Dame) Ainda mais veloz que Coleman, ele tem o potencial de entrar para a lista dos mais perigosos recebedores de rotas longas. Será que tem a fisicalidade necessária para as rotas pelo meio do campo? DROPs podem ser um problema nesta nova etapa da carreira. Veja os seus Highlights: https://youtu.be/L6o9kAD5clU 5) Michael Thomas (Ohio St) Visualmente, Thomas tem o melhor biotipo entre todos os recebedores deste DRAFT. Atleticamente, testou OK no COMBINE. Na parte técnica, mostra bom entendimento de rotas. Se a produção em campo não foi ruim, também não deixa de frustrar pelo o que mais poderia ter sido. Claro que o esquema de Ohio St e a alternância de Quarterbacks deve ter influenciado, mas Thomas também poderia ter se mostrado mais agressivo na disputa de bola. Veja os seus Highlights: https://youtu.be/KO2h7wVcxRA 6) Josh Doctson (TCU) Debati internamente se o colocava neste ranking ou na categoria "Evitaria Escolher". No fim, as boas características prevaleceram. Ágil e técnico, consegue boa separação em marcação individual (maioria pelo lado externo do campo) e conquista jardas após o passe. Porém, taticamente é crú demais. Pouca noção de rotas ou entendimento de coberturas por zona. Precisará também ganhar massa muscular para aguentar os rigores da NFL. Veja os seus Highlights: https://youtu.be/630V0SQqDnM
O Coringa
Braxton Miller (Ohio St) Com a bola nas mãos talvez não tenha nenhum outro candidato a Wide Receiver mais eletrizante. O problema, pelo menos inicialmente em sua carreira NFL, vai se fazer chegar a bola nas mãos dele. Há pouco convertido de Quarterback para WR, Braxton ainda está aprendendo as nuances da função. Talvez por estar precisando pensar demais sobre rotas, posicionamento de corpo, etc, seus movimentos às vezes não condizem com o conhecido atleticismo. Pode demorar um pouco para se sentir confortável na posição, então quem o selecionar precisará ter paciência. Veja os seus Highlights: https://youtu.be/MG_2utRVYgY
Evitaria Escolher
Kolby Listenbee (TCU) Estava fisicamente debilitado no dia do COMBINE por isso não correu tão rápido como se esperava. Não é este o problema. Na universidade, pouco se destacou apesar da vantagem atlética sobre os adversários e isto me preocupa. A mesma consideração feita sobre Doctson, vale aqui em termos de entendimento do jogo, pela simplicidade do que viu em TCU. Veja os seus Highlights: https://youtu.be/ZD-vX71On44
Alternativas
Pharaoh Cooper (South Carolina) – Versatilidade é o melhor atributo. Pode alinhar até no BACKFIELD. Leonte Caroo (Rutgers) – Forte e técnico, traz o temor de problemas extra-campo. DeRunnya Wilson (Miss St) – Alto e forte, tem bom entendimento de zonas e mais agilidade do que se imagina. Charone Peake (Clemson) - Duas cirurgias no joelho diminuem o valor desse atlético recebedor.
Merece Atenção
Sterling Shepard (Oklahoma) Qual o valor para DRAFT de Wide receivers especializados em alinhar no SLOT? Shepard pode nos ajudar a entender esta tendência, pois possui as características certas de habilidade e agilidade para atuar assim na NFL. Seja onde for, deverá ter impacto imediato no time que o selecionar. Veja os seus Highlights: https://youtu.be/iSIQexDn5AI
Tiro no Escuro
Duke Williams (Auburn) Alto, forte e com bom timming em campo, Duke já foi até considerado o melhor WR do campeonato universitário. Porém as turbulências o acompanham. Contusões e suspensões, que culminaram com expulsão de Auburn (socou e quebrou a mandíbula de um colega), minaram a carreira. Talvez pelo tempo afastado dos campos, seus testes físicos no COMBINE foram aquém do desejado. Veja os seus Highlights: https://youtu.be/bU0KCXWpvGs
Outras Opções
Rashard Higgins (Colorado St), Kenny Lawler (California), Roger Lewis (Bowling Green), Chris Moore (Cincinnati), Keyarris Garrett (Tulsa), Malcom Mitchell (Georgia), Ricardo Louis (Auburn), Cody Core (Mississippi), Jordan Payton (UCLA), Aaron Burbridge (Michigan St), Devon Cajuste (Stanford), Tajae Sharpe (UMass), Bralon Addison (Oregon), Cayleb Jones (Arizona), Geronimo Allison (Illinois), Marquez North (Tennessee), Hunter Sharp (Utah St), Alonzo Russell (Toledo), Demarcus Robinson (Florida), Jalin Marshall (Ohio St), Paul McRoberts (So Miss St), Nelson Spruce (Colorado), DeMarcus Ayers (Houston), Chris Brown (Notre Dame), Daniel Braverman (Western Michigan), Ellis Henderson (Montana) e Rashawn Scott (Miami)
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