Boletim Médico – Semana 8

  Texto por : Pablo Oliveira(@Medicfa).   Nesta semana vamos analisar alguns casos específicos com grandes retornos para suas equipes. Começamos com os Cowboys que poderão contar com Dez Bryant, recuperado de uma cirurgia para corrigir fratura no V metatarsal que, no caso de Bryant foi uma fratura de Jones. Essa fratura pode ocorrer das seguintes formas: após entorse de tornozelo ou fratura por esforço ou fadiga. Diferentemente de outras fraturas ela não decorre de impacto direto. Visto que pode vir a ocorrer por cronicidade, às vezes o primeiro tratamento pode ser conservador, imobilizando o pé afetando. Nesse caso opta-se pela cirurgia e no caso de atletas também visando uma recuperação plena e rápida. A cirurgia é, teoricamente, simples, pois visa a colocação de parafuso para estabilizar o osso do “dedinho” do pé, ou, em alguns casos, usa-se enxerto ósseo. Bryant, certamente não está 100%, mas chega bem perto disso, e seu rendimento pode ser clinicamente e, por que não, tecnicamente, satisfatório. Outro retorno importante, dessa vez, para os Steelers é o de Big Ben que há 1 mês sofreu estiramento G2 do ligamento colateral medial do joelho E. Os ligamentos colaterais são encontrados nas laterais do seu joelho. O medial ou “dentro” ligamento colateral (LCM) liga o fêmur (osso da coxa) à tíbia (osso da perna). O ligamento colateral lateral ou “fora” (LCL) conecta o fêmur ao osso menor na parte inferior da perna (fíbula). Os ligamentos colaterais controlam o movimento lateral e medial do seu joelho e previnem movimentos com amplitude exageradas. A lesão do LCM classicamente ocorre quando o atleta joga o joelho bruscamente, com uma tendência de se abrir o joelho, movimento denominado “valgizaçao”, ou recebe bruscamente o adversário em um movimento de “fora para dentro”.

A lesão do LCM é classificada em escalas de gravidade: Grau 1: O ligamento é levemente danificado em um entorse . É um estiramento leve. Grau 2: Ruptura parcial do ligamento . Grau 3 : Ruptura completa do ligamento, tornando a articulação do joelho instável . Lesões do LCM raramente requerem cirurgia. Ao contrario do ligamento cruzado anterior,  LCM possui excelente potencial de cicatrização. O tratamento basicamente inclui: Crioterapia (aplicação local de gelo): A maneira correta de gelo em uma lesão é a aplicação direta na área lesada por 15 a 20 minutos, de 4-6 vezes ao dia. Órtese: O joelho deve ser protegido contra a mesma força lateral que causou a lesão . Pode ser necessário alterar as atividades diárias para evitar movimentos arriscados. Para proteger ainda mais pode se usar muletas para evitar peso sobre a perna. Fisioterapia: Envolve recursos analgésicos e que aceleram a cicatrização (ultrassom, laser, etc) e exercícios de fortalecimento muscular. Infiltração: Reservada para os casos de dor persistente por mais de 6 semanas. Envolve o uso de corticoides.

microfracture

Neste mesmo jogo, só que pelo lado dos Bengals, poderá ocorrer o retorno de Vontaze Burfict que após 10 meses recuperou-se de cirurgia no joelho E para corrigir micro fraturas nos platôs. Essas fraturas, na maioria das vezes são causadas por lesões de estresse. As fraturas por stress são fissuras microscópicas dos ossos, causadas por uma soma de quantidade de impacto. Esse esforço físico repetitivo aumenta as solicitações ósseas, que quando ultrapassam a resistência normal, obrigam uma substituição da deformação elástica por uma deformação plástica, isto é, não há retorno à situação anterior e, caso as exigências continuem, instalam-se micro fraturas, prevalecendo então a reabsorção óssea. Nesta fase da evolução, tem-se uma alteração fisiológica, a fratura. No esperado jogo do SNF, os Packers poderão contar com bons retornos  na sua defesa, como CB Damarius Randall e o DT B.J.  Raji. O primeiro recuperou-se de torção no tornozelo e o segundo de estiramento muscular na panturrilha. Por outro lado, a probabilidade é menor de Ty Montgomery, também com torção no tornozelo, jogar.    

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