Essa coluna tem como objetivo disseminar a discussão sobre assuntos relevantes da semana e do campeonato em si.

Após mais essa semana de grandes jogos e muita emoção, vamos comentar a ida de Dez Bryant para os Saints e os problemas dos Cowboys.

1 – Dez Bryant achou um lar: New Orleans

Meses após ser dispensado pelos Cowboys, Dez Bryant finalmente voltará à NFL, dessa vez vestindo o preto e dourado dos Saints. O contrato engloba apenas essa temporada e servirá como um teste para Dez mostrar para a liga que ainda tem gasolina no tanque.

E se o objetivo é calar os críticos com bom desempenho e garantir seu lugar na NFL para a próxima temporada e um contrato lucrativo, New Orleans é de fato o melhor destino para o veterano Wide Receiver.

Pela primeira vez na carreira, o camisa 88 (sim, ele vai manter o número) não será o WR principal da equipe. Os Saints têm em Michael Thomas um dos melhores recebedores da NFL, o que facilitará o trabalho de Bryant, pois não será mais o alvo principal da cobertura defensiva adversária.

Mesmo que não esteja no topo físico de sua carreira, a precisão no passe de Drew Brees e a brilhante mente ofensiva de Sean Payton devem colocar Dez Bryant em situação favorável para ter sucesso nesse restante de temporada.

Do ponto de vista dos Saints, esta era uma área da equipe que precisava melhorar. Embora a vitória contra os Rams tenha demonstrado que a equipe possuía poder de foto para bater de frente com qualquer time na liga, a posição de WR estava deficitária.

Michael Thomas (WR) é, obviamente, o líder da equipe em passes recebidos, seguido por Alvin Kamara (RB) e Benjamin Watson (TE). O quarto nessa lista é o calouro Tre’Quan Smith (WR), com apenas 12 passes recebidos. A ausência de Ted Ginn Jr. (WR), atualmente no IR, está sendo sentida (a que ponto chegamos).

Se somarmos a necessidade da equipe de adicionar mais um recebedor e a força de vontade de Dez Bryant de mostrar para a NFL – e para seu ex-time – que ainda tem muito a render, podemos ver um final de temporada bem produtivo para o WR. Vale a pena ficar de olho na partida entre Saints e Cowboys no dia 29 de novembro.

2 – De olho no Dallas Cowboys

Se falamos de Dez Bryant acima, nada melhor do que falar agora dos Cowboys de Jason Garrett e companhia, que seguem com péssimo rendimento ofensivo na temporada. A defesa está mostrando ótimo rendimento, sendo ainda jovem e com espaço para melhorar ainda mais. Porém o ataque tem sido sofrível.

Toda a conversa da pré-temporada de que o objetivo desse ano era transformar o ataque no mais “amigável” possível para Dak Prescott não se concretizou. O QB, após 8 partidas, não passou das 300 jardas em nenhuma delas. Em um ano em que os números estão extrapolados para todos os lados, isso é bem significativo.

Como se não bastasse, Dak tem sofrido com muitos turnovers. Já são 5 interceptações e 7 fumbles (3 recuperados). O número de sacks também subiu espantosamente: 28 em 8 jogos de 2018, contra 25 em 16 jogos de 2016. Parte desses números podem ser colocados na conta da linha ofensiva, mas não podemos isentar o QB de todos eles, pois em diversos momentos segura a bola muito mais do que o necessário, permitindo que chegue a pressão.

A falta de qualidade no grupo de recebedores é um problema conhecido e anunciado antes do início da temporada. A tentativa de adicionar jogadores de velocidade para “facilitar” a vida de Dak não funcionou. E o que não se mostrou nada amigável, na verdade, foi o sistema de Jason Garrett.

O Head Coach, além de bater palmas, pouco faz do ponto de vista estratégico e tático para ajudar a equipe. Com desafios questionáveis e decisões ruins ao longo da partida, o treinador vem desempenhando péssimo trabalho em mais uma temporada.

Em 2018, diversos times têm impressionado pela criatividade ofensiva. Diversas mentes brilhantes mostrando seu talento para trazer cada vez mais inovações para a NFL. E no Cowboys? E Jason Garrett? Qual foi a última vez que ficamos impressionados por uma jogada criativa numa partida da equipe?

E os problemas não param em Garrett. Eles também vêm de quem está acima. Em nada adianta trocar treinador e comissão se o Dono/Presidente/GM/Deus Jerry Jones não der espaço para que a nova equipe trabalhe.

Talvez 2018 já esteja perdido, mas ainda vejo boa perspectiva futura para esse jovem e talentoso elenco dos Cowboys, porém precisam de mudança. Acredito que chegou o fim da linha para Jason Garrett (já havia falado isso ano passado e me enganei). Vamos ficar de olho.

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