DE OLHO NA NFL #8

 

Essa coluna tem como objetivo disseminar a discussão sobre assuntos relevantes da semana e do campeonato em si.

Semana passada falei das finais de conferência, que resultaram em partidas sensacionais, mas deixarei para a semana que vem analisar o lado dos vencedores, quando o confronto do Super Bowl estiver mais próximo.

Dessa vez, trarei as grandes questões que ficam para os times recém eliminados, principalmente com relação à posição de quarterback.

 

 

1 – Blake Bortles foi capaz de chegar até aqui. E agora? Qual o futuro dos Jaguars?

 

Na primeira edição dessa coluna publicada no 10 Jardas eu questionei até onde os Jaguars poderiam chegar com Blake Bortles. Na época o time de Jacksonville tinha acabado de enfrentar os Chargers, quando Bortles lançou 2 interceptações nos 2 minutos finais de partida. A defesa venceu aquele jogo.

Nessa semana vimos que o time chegou até a final da AFC, muito para quem antes brigava apenas pela primeira pick no draft. Mas e agora? O que os Jaguars devem buscar para seu futuro? Quais decisões tomar com esse talentoso elenco em mãos?

Antes de mais nada, quero deixar claro que não coloco a culpa da derrota para os Patriots exclusivamente em Bortles. Sim acho que ele fez excelente primeiro tempo de jogo, muito ajudado pelo plano de jogo montado a favor da velocidade de seus jogadores para explorar a defesa dos Patriots, que precisavam congestionar o meio de campo para cobrir as fraquezas de seus homens do miolo defensivo, mas que abriam espaços nas laterais. Grande parte dos bons números de Bortles decorrem de jardas após a recepção.

No segundo tempo os Patriots mudaram o foco. Aumentaram a pressão em Bortles, se posicionaram para impedir as corridas e os screens, deixando a partida nas mãos do QB dos Jaguars. Bem, vimos o resultado. Com a queda do jogo de corridas, surgiu a necessidade de passes mais longos. Vimos a imprecisão de Bortles e a derrota dos Jaguars.

Claro ficou também a limitação de jogadas. Poucas inovações. Aparentemente gastaram tudo no primeiro tempo e trouxeram para campo na segunda metade do jogo um ataque previsível e apático, comandado pelo “medo” de Bortles sofrer turnovers.

Com a eliminação o foco passará para a próxima temporada, e os Jaguars têm uma importante decisão a tomar: o que fazer com Blake Bortles? O time tem como utilizar a opção de seu contrato de calouro para ficar com o QB nesse 5º ano, mas isso custaria ao time 19 milhões de dólares. Ele vale tudo isso?

Nesse elenco recheado de talento, Bortles não é nem de perto a peça mais importante. Qual mensagem essa renovação passaria para o time agora em ascensão? Ele se tornaria o jogador mais bem pago da franquia mesmo não sendo o mais importante.

Qual a saída para os Jaguars? Renovar com Bortles por um salário mais baixo (se ele aceitar) e tentar um QB no draft para disputar a posição? Ir atrás de alguém na free agent? Questões importantes para prestarmos atenção, pois podem decidir o futuro da franquia.

 

 

2 – O que os Vikings farão com seu trio de quarterbacks?

 

A eliminação para os Eagles e o fim do sonho de jogar o Super Bowl em casa fazem os Vikings também focarem na próxima temporada. De cara, perderam o coordenador ofensivo, que assumirá os trabalhos nos Giants.

Assim como nos Jaguars, a questão para os Vikings também se relaciona com a posição de quarterback. Mas nesse caso a situação é um pouco diferente e até mesmo peculiar: o time tem 3 jogadores no elenco para disputar a posição de QB titular, e precisarão tomar uma decisão a respeito.

Teddy Bridgewater parece estar apto a retornar aos campos após sofrer a lesão no joelho que o tirou dos gramados por tanto tempo. Entretanto, só os Vikings sabem exatamente qual foi a extensão dessa lesão e como se deu a recuperação. Confiam na saúde do QB? Ainda em seu contrato de calouro, Teddy pode ter ativada a opção pelo 5º ano. Teddy parece amar os Vikings e esse sentimento é recíproco por Mike Zimmer.

Sam Bradford, contratado por causa da lesão de Teddy, não tem o melhor histórico médico e vira free agente para o próximo ano. Alguém ainda acredita nele como capaz de completar uma temporada saudável como titular? Seu problema no joelho é muito sério e a chance de voltar a sofrer com lesões é alta.

Para completar, os Vikings têm o intrigante caso de Case Keenum, que veio para ser reserva e assumiu o papel de titular esse ano, levando a equipe para a final da NFC. Ajudado por uma incrível melhora da linha ofensiva, atuação excelente de seus recebedores e plano de jogo condizente com seu estilo de jogo, Keenum teve seu melhor ano na NFL, mas tropeçou logo na partida mais importante.

No jogo contra os Eagles tudo pareceu dar errado: a proteção não estava boa e os recebedores jogando no sacrifício sofrendo com lesões. O resultado foi o pior jogo de Keenum na temporada e a eliminação. Mas para qual Keenum os Vikings devem olhar? O que os ajudou a chegar na final com uma temporada quase perfeita ou aquele que teve seu pior jogo na partida mais importante do ano?

O time de Minnesota precisará encarar esse desafio e decidir o futuro da posição de quarterback da franquia. Esse período ainda pode ser marcado pela escolha do novo coordenador ofensivo da equipe, que talvez chegue e ajude na solução dessa questão de acordo com o jogador que mais se encaixe em seu sistema.

Caso esteja realmente saudável, vejo Teddy Bridgewater como o principal candidato à vaga de titular, mas não me surpreenderia se o time ainda fosse para o mercado atrás de outro jogador para a posição caso achem que nenhum deles representará o futuro da franquia. Se fizerem a escolha certa, terão em mãos um time pronto para brigar pelo título nos próximos anos.

 

-----------------------------

 

Qual deve ser o futuro dos quarterbacks dessas equipes?

Comentem! Opinem! Discordem! Reclamem! A ideia é realmente bater um papo saudável com o máximo possível de pessoas sobre os temas aqui abordados.

 

 

Comentar

Veja também: