Jogo em Foco: Bengals x Dolphins

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  CINCINNATI BENGALS 22 x 7 MIAMI DOLPHINS Mais consitente em campo, e conduzido por AJ Green (WR), os Bengals não tomaram conhecimento dos Dolphins, que até tentaram confundir a todos usando uniformes na cor laranja, símbolo do adversário. :) Vamos a 3 observações sobre cada time:  

CINCINNATI BENGALS

 

Show Man

Foi uma obra de arte de AJ Green (WR - Bengals)! Imarcável por qualquer um da linha secundária de Miami, o craque recebeu 10 passes dos 12 TARGETs na noite, avançando 173 jardas (1 TD). Mais impressionante do que os números foi a diversidade nas jogadas. Hora rota longa de 51 jardas, hora SCREEN PASS onde literalmente só afastou o marcador para o lado, como se fosse uma criança, até entrar na ENDZONE. Estiloso, saltou como um jogador de basquete lutando por rebote, e também como um goleiro fazendo uma defesa no canto da trave. Valeu o ingresso! (se estivesse no estádio) Veja os Highlights de Green na partida: https://youtu.be/-SQV4X0EP4g  

Dupla do (pouco) Barulho

Os Bengals investiram 2 escolhas de 2º round em drafts recentes para consolidar seu jogo de corridas. Os nomes são facilmente reconhecidos. Giovani Bernard (RB) e Jerome Hill (RB) deveriam formar uma dupla mortal, combinando velocidade, agilidade e poder físico. A performance em campo não está equivalente ao investimento. Contra uma defesa que entrou na rodada como a 31ª contra o jogo de corridas, eles combinaram para 89 jardas em 31 tentativas (média de 2.9). Muito aquém do esperado. Hill até conseguiu converter alguns lances em 3º down, e Bernard colaborou com 3 passes recebidos. Com as baixas na unidade de recebedores nesta OFFSEASON, acho que Marvin Lewis (HC) contava com um incremento de produção desta dupla...  

Experiência vs Inexperiência na Defesa

Cincinnati está com núcleos distintos em sua defesa. FRONT-7 experiente enquanto a Linha secundária recheada de novos atletas. Ainda cedo para julgar a qualidade destes novos membros da secundária. Mostraram potencial, como em lances isolados de Josh Shaw (CB), Shawn Williams (S) e a interceptação de Chris Lewis-Harris (CB), mas fato também que os BIG PLAYs estão comprometendo-os no placar. Ontem, mais uma bomba (74 jardas) virou TD. Foram 2 TDs semelhantes na rodada anterior. Em compensação os defensores estabilizados do FRONT-7 apareceram com destaque. Geno Atkins (DT) e Carlos Dunlap (DE) combinaram para 4 sacks e outras pressões. Domata Peko (DT) e Karlos Dansby (LB) interromperam jogadas no backfield dos Dolphins. Quem também deu o ar da graça foi Vontaze Burfict (LB) após cumprir suspensão de 3 jogos. Teve boa movimentação, rondando a zona intermediária da cobertura defensiva. Veja os Highlights da performance defensiva na partida: https://youtu.be/7RYW1BebA1w    

MIAMI DOLPHINS

 

Cadê a Mão do Guru?

Quando Adam Gase foi confirmado como HEAD COACH nos Dolphins, a maior expectativa era qual seria o impacto na vida de Ryan Tannehill (QB). Em Chicago, como coordenador, Gase montou um plano ofensivo que controlava o ímpeto de Jay Cutler (QB - Bears), baseado em passes curtos ritmados. Resultado, aumentou a eficiência de um Quarterback conhecido por ser errático. Não está funcionando em Miami. Tannehill, também com irregularidade no currículo, ainda não se ajustou ao sistema ofensivo. Contra os Bengals teve apenas 1 tentativa de passe longo, curiosamente o único TD e único drive positivo na partida. De resto não conseguiu dar sustentação às posses de bola. Completou 15 de 25 para 189 jardas. Se tirarmos o lance de 74 jardas, temos uma média de 4.8 por tentativa. Ou seja, pouco agudo e ao mesmo tempo ineficiente. Veja ao menos o plástico TD dos Dolphins: https://youtu.be/MAOAMBoHb4o?list=PLRdw3IjKY2glRSr-VlYsnbe0-6NScU0rK  

Como Jogar?

Nem tudo pode ser jogado nas costas de Tannehill. A linha ofensiva continua com problemas para sustentar o POCKET. Sacks é uma combinação de erros na proteção e falta de presença de espírito do Quarterback. Os defensores dos Bengals estiveram por vezes demais no BACKFIELD de Miami. Para piorar, nem sempre as rotas corridas pelos recebedores já estavam em estágio avançado quando a pressão chegava, limitando as opções do QB. Isso poderia ser minimizado com um melhor PLAY CALLING, definindo os HOT READs a Tannehill e insistindo no jogo de corridas, onde Jay Ajayi (RB) até conseguia bons lances (média de 5.5 jardas por tentativa).  

Teoria e Aplicação

Para enfrentar os Bengals, se ex empregador onde treinava a linha secundária, Vance Joseph (coordenador defensivo Dolphins) optou por tentar eliminar o jogo de corridas, pelo qual sofreram bastante nas rodadas anteriores. Como vimos lá em cima, funcionou parcialmente. Os Running backs de Cincinnati não tiveram bom aproveitamento. No entanto, AJ Green (WR) arrasou-os. Tenho falado muito sobre isso recentemente, como o "método Bill Belichick" é o caminho que mais acredito para vitórias. Tentar eliminar das ações a principal força adversária. Neste caso, talvez a escolha do que eliminar tenha sido o problema... Ainda mais sabendo ter apenas jogadores inexperientes disponíveis para a marcação de Green, pois Byron Maxwell (CB) não estava em campo.    

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