Jogo em Foco: Packers x Bears
GREEN BAY PACKERS 26 x 10 CHICAGO BEARS Os Packers tiveram o adversário ideal para sair do atoleiro ofensivo. Será que a apresentação de ontem foi suficiente para entusiasmar a torcida? Por sua vez, entusiasmo talvez seja a última emoção presente nos torcedores dos Bears. Vamos a 3 observações sobre cada time:
GREEN BAY PACKERS
Agora Vai?
Há semanas (na verdade desde o ano passado), discute-se o que acontece com Aaron Rodgers (QB) e o ataque dos Packers. Quando entraram no ritmo que conhecíamos? Contra os Bears parecia mais do mesmo. Passes fora do ponto e timming certos, recebedores com dificuldade para se desmarcar e FUMBLES de Rodgers (6 na temporada). Aos poucos a situação melhorou com ênfase nos passes curtos. Poucos foram para mais de 5 jardas no ar. Resultaram num alto número de passes completos (39) mas baixa média de jardas por tentativa (5.8). Era importante tirar o peso das más performances anteriores do ombro de Rodgers. Talvez por isso Mike McCarthy (HC) mostrou-se mais agressivo do que o costume, partindo para tentativas de 4º DOWN o início do jogo. Fato que funcionou dentro do que se prestaram a fazer. Agora a pergunta é o quão afinado este ataque estará na sequência do campeonato, ou se foi uma performance fora da curva por enfrentarem uma defesa fragilizada. Veja os Highlights ofensivos dos Packers: https://youtu.be/RI0naOA8UBk
fx (- Lacy = 2 Wrs no backfield)
Sem seu principal Running back, Eddie Lacy talvez perca o restante da temporada por contusão no tornozelo, McCarthy precisou ser criativo para ter algum semblante de jogo corrido na partida contra Chicago. Vale mencionar que James Starks (RB) também estava de fora e Knile Davis (RB - ex Chiefs) foi adquirido dentro da semana, sem tempo de se preparar adequadamente para este jogo. A solução foi improvisar Wide Receivers no BACKFIELD para ameaçar no jogo terrestre. Até funcionou em certas situações. Ty Montgomery (média de 6.7 jardas por corrida em 9 SNAPs) é ágil o suficiente para ganhar jardas no espaço aberto, quando o bloqueio funciona ou ele quebra lateralmente. Randall Cobb adicionou 5 corridas (21 jardas). Porém, quando precisaram das jardas "difíceis", foi complicado, como numas das tentativas de 4º DOWN, junto a ENDZONE. Mais um aspecto que precisarão trabalhar pensando em PLAYOFFs.
Vírus da Performance
O desempenho de Rodgers é um dos assuntos mais quentes de 2016, mas um outro PACKER também anda desaparecido. Clay Matthews (OLB) está longe de ser o defensor de impacto do início da carreira. Contra os Bears passou quase desapercebido, sem grandes pressões nos quarterbacks ou atividade nos outros aspectos da função. Vem sendo pouco envolvido na cobertura defensiva e pouco ativo no combate ao jogo de corridas (apenas 12 sacks em 5 jogos). Conseguiu 3 sacks nas 3 partidas iniciais mas está zerado desde então. Com os desfalques na linha secundária, Green bay precisa do máximo de performance de seus principais jogadores do FRONT-7, e Matthews é o que mais facilmente reconhecemos.
CHICAGO BEARS
Futuro Sombrio
Sem sentimentalismos: a temporada para os Bears acabou. Agora precisam usar o restante do campeonato para dar experiência a alguns jovens promissores e definir com quem não querem contar no futuro. Claro que a posição chave quando se pensa no futuro é Quarterback. Parece conclusivo que o tempo de Jay Cutler em Chicago esgotou-se. Insistir com ele seria empurrar à frente a possibilidade de solucionar a questão. Brian Hoyer (QB) teve alguns bons jogos até se contundir contra os Packers, o que não chocou ninguém, pois é um jogador perseguido por lesões. Mostrou-se o que é nesse tempo: um sólido reserva para suprir 2 ou 3 jogos no máximo. O próximo da fila foi Matt Barkley (QB) que completou 6 de 15 tentativas (2 interceptações). Não por estes números especificamente, mas é irreal pensar que seja o nome certo para o time. Aí virá a pergunta mais importante da OFFSEASON. Dentro das possibilidades no DRAFT e FREE AGENCY de reforçar a posição, será esta comissão técnica a mais adequada para desenvolver este Quarterback?
Vírus da performance - pt.2
Por falar em talento com pouco aproveitamento, o que dizer de Alshon Jeffery (WR)? Entou no campeonato sob a FRANCHISE TAG e terá a oportunidade de assinar um MEGA contrato na OFFSEASON, mas qual seu valor atual? Está longe de ser o recebedor dominante que desejávamos. Tem na temporada 2016 520 jardas avançadas porém ZERO TOUCHDOWNS. Contra os Packers foi especialmente mal, com 33 jardas e recebendo apenas 3 dos 11 TARGETS de passes. Chicago terá uma decisão difícil com ele de investir alto $$$, ainda mais se inserir o histórico de lesões na equação. Por outro lado, a escolha de 1º round no DRAFT 2015 Kevin White (WR) perdeu toda a temporada inicial contundido, teve altos e baixos nas primeiras rodadas até se lesionar de novo.
Cadê a Defesa?
Esse deveria ser o ano que a defesa dos Bears sob a batuta de John Fox (HC) e Vic Fangio (coordenador), duas prestigiadas mentes defensivas da liga, solidificaria-se. Não aconteceu. Lesões e inexperiência em várias unidades ajudam a explicar a história, mas as mesmas carências identificadas na OFFSEASON seguem atormentando uma torcida que possui memórias de grandeza neste lado do campo. Ontem vimos flashes de Leonard Floyd (OLB), escolha no 1º round do DRAFT 2016. Tomara que consigam construir uma base forte, elevando o jogo de vários dos jovens como ele mesmo, Adrian Amos (S), Jacoby Glenn (CB) e outros. Veja o sack + fumble de Floyd: https://youtu.be/TGTmrYMOOKQ
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