ATLANTA FALCONS 43 x 28 TAMPA BAY BUCCANEERS Vingando a derrota na 1ª semana do campeonato, os Falcons se colocaram como favoritos absolutos na NFC SOUTH e impediram que os Buccaneers finalmente ganhassem em casa este ano. A sêca continua!  Vamos a 3 observações sobre cada time:  

ATLANTA FALCONS

MVP 2016?

Confesso que antes do campeonato tinha reticências ao ataque dos Falcons, pelo que aconteceu ano passado e características de Matt Ryan (QB) que julgava incompatíveis com o sistema preferido de Kyle Shanahan (coordenador ofensivo). Nesse momento esta é a última das preocupações em Atlanta. Sempre é melhor termos surpresas positivas! Hoje, Ryan é um forte candidato a MVP da temporada (atualmente lidera a liga com 2980 jardas aéreas) e Shanahan terá oportunidade na OFFSEASON de abocanhar alguma das vagas de HEAD COACH que se abrirão. Contra os Buccaners foi mais uma performance de gala, completando 73.5% dos passes para 344 jardas e 4 TDs. Veja seus Highlights na Partida: https://youtu.be/nzL4MSKrqJY  

Suporte Offensivo

Vale dar mérito também ao criticado GENERAL MANAGER Thomas Dimitroff por finalmente acertar a mão no suporte a Ryan. Outros jogadores não chamados Julio Jones (WR) passaram a colaborar ofensivamente. Novos alvos estão aparecendo como o aguerrido Mohammad Sanu (WR - contratado na OFFSEASON), o veloz Taylor Gabriel (WR - adicionado no início do campeonato) e o versátil calouro Austin Hooper (TE). Mais importante, enfim, a linha ofensiva está dando maior tempo a Ryan no POCKET. Destaque para a adição de Alex Mack (C - ex Browns) na OFFSEASON e o desenvolvimento de Jake Matthews (OT - DRAFT 2014). Com o provável retorno de contusão de Tevin Coleman (RB) semana que vem, o jogo de corridas estará inteiro para completar esse novo equilíbrio de ataque que os Falcons encontraram.    

Postura Defensiva

Outro ponto e avanço que justifica Atlanta entre os times destaque neste campeonato é a evolução defensiva. Diferente do ano passado, quando estiveram em último no ranking de sacks, a equipe mostra maior agressividade no PASS RUSH e estabilidade na cobertura defensiva. Este avanço ocorre pela combinação entre melhor entendimento do sistema defensivo implantado por Dan Quinn (HC) e adições ao elenco como os calouros Keanu Neal (S), Deion Jones (LB) e De'Vontre Campbell (LB), todos com boa participação no jogo de ontem, tanto na cobertura como no combate ao jogo de corridas. É interessante por exemplo ver como mexem no posicionamento de Vic Beasley (DE) e Adrian Clayborn (DE) dentro da linha defensiva. Clayborn (4.5 sacks na temporada), curiosamente ex jogador de Tampa onde nunca se encontrou, participa de constantes STUNTs, complicando a proteção adversária. Contra os Buccanneers esta agressividade resultou em 2 FUMBLES recuperados, ainda no início da partida quando o placar estava em aberto.    

TAMPA BAY BUCCANEERS

Jameis Winston

Como justificativa para a (surpreendente) demissão de Lovie Smth (ex HC) nesta última OFFSEASON, a direção do Tampa bay enfatizou a necessidade de manter o rumo no desenvolvimento de seu maior bem: Jameis Winston (QB). Por medo de perder o então coordenador ofensivo Dirk Koetter, promoveram a mudança o elevando para HEAD COACH. Depois dos bons sinais que deu como calouro, e da positiva OFFSEASON quando perdeu peso e focou no treinamento. Winston tem jogado relativamente bem (ontem lançou para 261 jardas e 3 TDs com 62.2% dos passes completos), mas sem mostrar grandes avanços estatísticos:

• % passe completo: 58.3% em 2015 // 59.2% em 2016
• Média de jardas por tentativa: 7.5 em 2015 // 6.7 em 2016
• QB Ratings: 84.2 em 2015 // 85.4 em 2016

Sim, existem fatores que justificam a pouca evolução, como a ausência de bons alvos no elenco e linha ofensiva suspeita (outro deles logo abaixo), mas a expectativa era bem maior. Será que valeu a pena a mexida no comando?    

Rodizio de Corredores

Já falei bastante da dificuldade de qualquer equipe (como os Browns deste ano) em superar constantes desfalques na posição de Quarterback, a mais importante do time. Mas e quando o alto TURNOVER é entre os Running Backs? Tampa entrou na partida contra os Falcons com o 4º RB titular em 8 jogos. Depois das contusões de Doug Martin e Charles Simms, foi a vez de Jacquizz Rodgers, que teve boa participação nas rodadas anteriores, perder o jogo por lesão. As oportunidades de corridas ficaram dividias entre 3 Running backs de pouca expressão, que geraram uma média de 3.5 jardas por tentativa (excluí as 2 corridas de Winston). Além do baixo aproveitamento, a harmonia fica comprometida, o que pode gerar FUMBLES e atrapalhar o esquema de proteção ao Quarterback, no qual o RB tem a função de identificar BLITZES.    

Quando veremos ajuste na Defesa?

Quer outra área que pouco mudou de 2015 para 2016? A estrutura defensiva. Assim como no período de Lovie Smith, na defesa coordenada por Mike Smith (ex HC Falcons) prevalece as SOFT ZONES, onde os Cornerbacks alinham atrás da Linha de Scrimmage, não acossando os recebedores logo no SNAP da bola, o que dificultaria ganhar o posicionamento ideal nas rotas. O atual Smith até alternava entre as coberturas COVER-2 e COVER-3, enquanto Lovie deixava a unidade estática no COVER-2, porém o resultado foi tão desastroso como nos anos anteriores. Talvez por conhecer as tendências de seu antigo chefe, Matt Ryan (QB) explorou estas zonas como bem desejou. Não sei se uma das razões de evitarem o estilo PRESS de alinhamento seja a desconfiança dos Cornerbacks titulares, de tamanho menor que o normal. Fato é que não funciona adequadamente. Na NFL, qualquer estilo de jogo pode funcionar, mas precisa haver variações, para quebrar o ritmo do adversário, senão tudo fica "manjado".   [/pms-restrict]