Punts – Wildcat
Todos pensavam que a fase do WILDCAT tinha adormecido na NFL, mas o New York Jets promete revivê-la, e para isso contrataram Tim Tebow (QB) junto ao Denver Broncos. Pelo menos é o que eles estão propagando.
Então vamos ver como funciona, sua origem, e o que os coordenadores defensivos fizeram para combatê-lo.
WILDCAT é uma formação sem o Quarterback, ou com ele posicionado como se fosse um Wide Receiver.
O SNAP é feito diretamente para o Running Back, que pode correr com a bola, entregá-la a outroRB, ou enganar a defesa e fazer um passe.
Além da surpresa, a outra vantagem é ter mais um jogador capaz de bloquear os defensores.
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Origem
Esta formação foi primeiro usada pela Universidade Arkansas State Wildcats, no final dos anos 90, e revivida pelos treinadores Gus Mahlzahn e David Lee na Universidade Arkansas Razorbaks em meados da década passada, quando tinham Darren McFadden (RB – Raiders) e Felix Jones (RB – Cowboys) em seu elenco.
Em 2008, o então HEAD COACH do Miami Dolphins Tony Sparano contratou Lee para sua comissão técnica, que implantou no time algumas jogadas baseadas nesta formação.
Na versão dos Dolphins, Ricky Williams (RB) entrava no lugar de Chad Henne (QB), para atuar ao lado de Ronnie Brown (RB). Ambos os Running Backs eram eficientes neste esquema, o que confundia a defesa.
Uma outra experiência assim tinha acontecido no Atlanta Falcons, que usou uma variação doWILDCAT para aproveitar a capacidade atlética de Michael Vick (QB).
Agora com Sparano como coordenador ofensivo dos Jets, veremos se o WILDCAT terá uma sobrevida.
Clique aqui para algumas jogadas do Miami Dolphins utilizando o Wildcat.
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Jogadas
Não são muitas as jogadas utilizadas a partir do WILDCAT. A principal é o SWEEP, com 1 dos Running Backs iniciando sua movimentação antes do SNAP.
Quem recebe a bola tem também a opção de fingir a entrega da bola, e partir num POWER O.
O esquema abaixo mostra também uma prática utilizada comumente junto ao WILDCAT, a linha ofensiva desbalanceada, com os 2 Offensive Tackles do lado direito, e o Tight End ocupando o espaço de um deles no esquerdo.
A vantagem, além de confundir o adversário, é ganhar MATCHUPs de jogadores grandes bloqueando defensores leves.
O POWER O pede 2 bloqueios específicos: o Fullback no defensor externo, e alguém fazendo umPULL interno por onde o RB passa, neste caso o Tight End.
O passe é uma alternativa no WILDCAT, e acontece mais fácil do lado STRONG (onde mais jogadores estão alinhados), quando quem recebe o SNAP se aproxima dos alvos.
Veja abaixo algumas opções de rotas:
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Defesa contra o Wildcat
Como quase em todas as situações, as chaves defensivas para o combate ao WILDCAT é leitura da jogada, disciplina tática e vontade.
O modo mais simples de estancar o SWEEP está abaixo, com o Linebacker externo entrando peloGAP na direção do Tight End, e liberando o Defensive End para encarar o Fullback, isso deixa oSafety sem nenhum bloqueador, e em posição de interromper o avanço. (os demais jogadores da linha defensiva em COVER-3 como precaução ao passe).
Uma variação que gosto para anular o WILDCAT, mais agressiva, é a CORNER BLITZ, pois o defensor já sai de mais perto do RB, e com melhor ângulo:
Curiosamente, um dos primeiros treinadores defensivos a ver seu esquema derrotar o WILDCAT foiRex Ryan (HC – Jets). Será mesmo que ele confiará no esquema, agora em seu favor?
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