A polêmica troca de nome em Washington

Voltamos para mais uma semana onde vamos analisar o nosso esporte favorito através do business e do marketing que envolvem o jogo. Muito se ouve sobre a possível mudança de nome na equipe de Washington, os Redskins. Essa história voltou a ter força no ano passado e vem até agora movimentando os jornais e a mídia dos Estados Unidos. Mas foi lá no ano de 1988 que tudo começou. Após a vitória da equipe no Superbowl XXII diversos nativos norte americanos enviaram cartas para o então dono da equipe Jack Kent Cooke pedindo que ele mudasse o nome da equipe alegando racismo e estereótipo étnico que alimenta os diversos problemas que os assolam diariamente. 4 anos depois, no Superbowl de 1992 mais protestos aconteceram, desta vez por cerca de 2 mil pessoas da região que carregavam placas e cartazes dizendo: “Nós não somos mascotes” e “Propague o esporte e não o racismo”.

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Protestos durante os anos.

 

Em 2013 a equipe voltou a sofrer com protestos em seus jogos, principalmente nas cidades com maior concentração de nativos como Denver, Dallas e Minneapolis. O então dono dos Redskins, Daniel Snyder já se manifestou por diversas vezes sobre o assunto e sempre afirma que não existe nenhuma chance de a equipe alterar o seu nome e que o significado é uma homenagem aos nativos norte americanos que foram tão importantes para o crescimento e desenvolvimento do país. Diversos jornais e websites já fizeram pesquisas com leitores sobre o tópico e quase sempre o resultado maioral é de que a equipe deve continuar como está.


A ESPN foi além, e perguntou para 286 jogadores e o resultado foi de 60% contra a mudança. O próprio comissário da NFL Roger Goodell apoia Snyder e se colocou contra qualquer alteração. Por outro lado, uma carta de 50 senadores junto com um singelo apoio do Presidente Obama foi enviada à NFL alegando que o mais certo seria que Washington escolhesse outro nome. Snyder está numa posição bem difícil, de um lado as minorias, senado e governo forçando a mudança, de outro sua vontade e a maioria da população e jogadores da NFL que entendem que o nome Redskins não é nada de mais. Mas um detalhe pode e deve ser crucial nessa decisão, o dinheiro. Será que os patrocinadores da equipe, que são a terceira maior fonte de renda na NFL, vão sustentar essa pressão e continuar a apoiar os Redskins a manter o nome? Imagine o impacto na renda da equipe se a Fedex decidir quebrar o contrato de naming rights do Fedex Field e cortar os 205 milhões de dólares que já depositou em Washington em todos esses anos de parceria.

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Ou a Visa não querer arriscar sua reputação em uma parceria sensível que pode mudar a forma de como as pessoas enxergam os valores de sua marca e também cortar seus milhões de dólares. Como o próprio Snyder já disse, não existe qualquer alusão pejorativa no nome Redskins e as pesquisas tendem a mostrar isso, mas um afastamento de grandes marcas que gerariam uma grande baixa financeira pode ser mais relevante do que a questão moral do problema. Comente esse post deixando sua opinião sobre o assunto, sem dúvida temos muito o que acompanhar nessa história que não deve acabar tão cedo!

Obrigado e nunca se esqueçam, All we need is R.O.I! 



Felipe Von Zuben é publicitário e atua como gerente de marketing de mais de 10 franquias de turismo no interior de São Paulo. Estagiou em marketing esportivo no Canadá atuando com franquias como Buffalo Bills (NFL), Phoenix Suns (NBA), Toronto Blue Jays (MLB), entre outras.

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